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Zezinho Sobral questiona entraves criados para o comércio do gás

Por Habacuque Villacorte – Rede Alese

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Zezinho Sobral (PODEMOS), foi entrevistado na REDE XODÓ FM, e externou supostos entraves para o desenvolvimento do comércio do gás natural em Sergipe. Segundo ele, a Sergás (Sergipe Gás S/A) é um entrave no processo de comercialização e o parlamentar voltou a falar em privatização do serviço.

“As empresas de gás no Brasil são feudais! Parece que nós voltamos no tempo, que retrocedemos alguns séculos e voltamos para a Idade Média! Elas estabelecem regras e critérios onde elas colocam que têm direito de cobrar taxas e impostos sobre qualquer rede de gás, tendo participado ou não de sua construção”, reclamou o deputado.

Zezinho exemplificou com o caso da construção do gasoduto que alimenta a FAFEN que, segundo ele, a Sergás entrou na justiça contra a Petrobras para receber royalties. “Fizeram a mesma coisa com a CELSE, que usa um duto de 300 metros e a Sergás acionou a empresa e o Estado para receber os impostos. Está criado um feudo do gás nos Estados e em Sergipe não é diferente”.

O líder do governo voltou a afirmar que a Sergás é um “entrave” no comércio do gás no Estado e que a empresa não levou nada para Lagarto, Itabaiana, Propriá, Estância e outras cidades. “Eles poderiam ter crescido a oferta do gás, para os condomínios que têm gás encanado. Mas não fazem! São investimentos restritos e isso está impedindo o desenvolvimento.

Zezinho voltou a tratar de uma possível privatização do processo de comercialização do gás em Sergipe. “Poderia (privatizar) para que outras empresas privadas possam entregar o gás no interior e na capital, montando sua rede e ampliando sua distribuição. Tem que mudar a nossa Constituição Estadual que só permite que esse serviço seja ofertado por uma empresa pública. Tem que tirar esse ‘pública’ da lei”.

Por fim, o deputado registrou que Sergipe tem a produção em grande quantidade de gás em águas profundas, que vai demandar mais uns cinco anos, pelo menos, e pontuou que hoje a CELSE pegou gás liquefeito no Catar, atravessou o Atlântico e aqui em Sergipe o regaseificou para comercializar. “Esse gás sai 40% mais barato do que o que a Petrobras tira em Carmópolis. Isso é inexplicável! É preciso ter uma porta de acesso para este gás e isso vai interferir na modalidade de preço”, disse, pontuando que Sergipe se habilita para trazer um Parque Industrial.

Foto: Da assessoria do Parlamentar

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