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Secretário de Justiça diz ter encontrado cenário assustador no Sistema Carcerário de SE

O secretário de Estado da Justiça, o delegado Cristiano Barreto destacou durante debate na Assembleia Legislativa de Sergipe, na manhã desta quinta-feira, 20, sobre o sistema carcerário do Estado, que a missão é árdua, mas será enfrentada com bravura. Na ocasião, ele disse ter encontrado um cenário assustador no Sistema Carcerário de Sergipe. Para se ter uma ideia, existiam 350 tornozeleiras eletrônicas sem utilização e mais de 40% das audiências rotineiras sem cumprimento por falta de condições e de efetivo.

Cristiano Barreto relembra caos no sistema prisional.

Cristiano Barreto relembra caos no sistema prisional.

“Todos sabem que sou um militante de frente, de rua, da área da inteligência, tendo ficado surpreso com o convite do governador Jackson Barreto, que precisava de uma pessoa com coragem e bravura para encarar o caos instalado no sistema prisional, a exemplo que vem acontecendo em odo o país. Como servidor público, não recebi aquilo como convite, mas como uma convocação, eu tinha a obrigação de enfrentar os problemas. Nós encontramos o sistema prisional no momento em que o Brasil inteiro falava sobre os massacres do Maranhão, do Rio Grande do Norte, onde facções criminosas se digladiavam”, ressalta.

Cristiano Barreto informou ter encontrado o Sistema Carcerário de Sergipe com um histórico de fugas nas unidades prisionais.

“Três dessas unidades prisionais estavam interditadas pelo Poder Judiciário em virtude da superlotação: o Complexo Penitenciário, o Cadeião de Socorro e o Presídio de Nossa Senhora da Glória; encontramos uma unidade fechada com interdição e sem nenhum preso, que o regime semiaberto em Areia Branca. Um total de 5 mil e 200 presos e um acúmulo de detentos nas delegacias que dificultava o trabalho da polícia, pela falta de local para botar os presos. Encontramos um cenário onde o próprio STJ, cobrando ações do Governo do Estado designou uma audiência, membros estiveram aqui, com a presença do Ministério Público, do Judiciário, da OAB/SE, da Procuradoria do Estado e naquele momento o Governo apresentou propostas de melhorias para que o Complexo Penitenciário não pudesse ser interditado, e encontrei ainda, 350 tornozeleiras eletrônicas sem utilização e um único estabelecimento com equipamento de vídeo-audiência”, relembra.

Relembrando

O secretário elencou o cenário assustador. “Mais de 40% das audiências rotineiras, para dar andamento regular ao processo, sem cumprimento por falta de condições e de efetivo e eu abro um parêntese para agradecer ao coronel Marcony e ao então secretário de Segurança Pública João Batista. Ambos assumiram compromisso comigo e com o governador para que nenhuma audiência deixasse de ser realizada e vem sendo cumprida dentro de todas as dificuldades. Encontramos os presídios num estado de tensão muito grande, onde as próprias pessoas que se encarregavam de fazer a ressocialização temiam entrar no sistema com medo de rebeliões; os convênios do Governo de 2014 destinados a ressocialização, sem utilização e um montante de 44 milhões de reais destinados pelo Governo Federal, para fins de construção de regime fechado e reaparelhamento do sistema prisional”, lamenta.

“Era preciso tomar medidas emergenciais, imediatas. Hoje posso dizer não com orgulho, mas com a satisfação de dever cumprido, que medidas estão sendo tomadas para não ter uma rebelião, graças não ao meu trabalho, mas ao trabalho dos guardas e agentes prisionais. Nós estamos mostrando à população sergipana que o sistema prisional é composto de homens, mulheres de bem, compromissadas, que sabem a hora de fazer e o que tem que fazer. Enquanto eu estiver à frente da Secretaria de Justiça terão o meu apoio e eu procurarei valorizar. Estamos realizando um trabalho diuturnamente pelos guardas e agentes prisionais para evitar a sequência de fugas que vinha existindo”, diz.

Entre os compromissos assumidos na audiência com representantes do CNJ citados pelo secretário para a melhoria, o retorno das audiências de custódia, evitando que os presos abarrotem o sistema prisional; a desinterdição de duas unidades prisionais pelo Tribunal de Justiça; separação de acordo com a periculosidade; rotatividade dos internos garantindo o convívio e evitando problemas.

“Em fevereiro foram 1 mil e 51 audiências, em março, 1.423 e agora em abril já vamos com 752 audiências realizadas. Isso gerou uma redução de mais de 300 presos das unidades, fora aqueles que recebemos das delegacias. Tínhamos 5 mil e 200 presos, hoje temos 4.990 e não temos presos nas delegacias de polícia. Recentemente fomos citados pelo próprio CNJ em uma matéria reconhecendo o esforço da Secretaria de Justiça, da Secretaria de Segurança Pública e o Tribunal de Justiça pelo número recorde de audiências. Após isso, partimos para a ressocialização dos presos e a ideia do Sistema de Reinserção Social , que conheci por meio do promotor Luiz Cláudio, já foi levada o governador que se entusiasmou e será abraçada pelo Governo”, finaliza.

Por Agência de Notícias Alese

Foto: Jadilson Simões

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