Na Sessão Plenária desta quinta-feira (12), o deputado Kaká Santos (União) convocou todos para uma audiência pública que será realizada na próxima terça-feira (17), com o objetivo de discutir a precariedade das rodovias estaduais. Segundo o parlamentar, os problemas estruturais das vias têm contribuído para o aumento no número de acidentes.
“Essa audiência é para tratarmos das nossas rodovias, rodovias essas que vêm registrando vários acidentes decorrentes da presença de animais na pista”, afirmou o parlamentar.
Outro ponto de preocupação destacado pelo deputado é o crescimento descontrolado da vegetação nas margens das estradas, agravado pelas recentes chuvas. Segundo ele, o mato está encobrindo o acostamento e escondendo elementos que podem colocar em risco a vida dos motoristas. “Devido à colocação desses meios-fios, o risco de acidente é iminente. Está muito perigoso, porque o motorista pode pensar que está pegando o acostamento e se deparar com o meio-fio encoberto pelo mato”, alertou.
Kaká Santos também criticou a sinalização das vias, especialmente em relação às placas que indicam a presença de radares. Para ele, a sinalização atual é insuficiente para garantir a segurança dos condutores. “As placas de sinalização dos radares são muito pequenas. Vamos ver se a gente consegue, nessa audiência, mudar isso e colocar uma placa maior, mais legível, para dar mais segurança aos motoristas que trafegam por ali”, propôs.
O deputado ainda chamou a atenção para o desconhecimento da população sobre o funcionamento das câmeras de fiscalização instaladas em algumas rodovias do estado. Segundo ele, os equipamentos têm flagrado infrações com precisão excessiva. “Poucos conhecem essas câmeras. Quando se fala delas, parece que se brincar, elas flagram até a alma saindo do corpo. Se você estiver conduzindo uma motocicleta de chinelo, vai ser multado”, comentou de forma crítica.
Por fim, o parlamentar reforçou o convite para a audiência pública e pediu o apoio dos colegas parlamentares e da população sergipana. “Nada mais justo que a gente debata e explique para todo cidadão sergipano o motivo da instalação dessas câmeras. Vamos cobrar do diretor do DER um plano para que nossas rodovias passem por manutenção, como o uso de máquinas para conter o avanço do mato nos acostamentos”, concluiu.
Solidariedade
Kaká Santos e os deputados Dra. Lidiane Lucena (Republicanos) e Cristiano Cavalcante (União) manifestaram solidariedade à deputada federal Yandra Moura (União), alvo de ataques após denunciar problemas na coleta de lixo em Aracaju por meio de suas redes sociais. Os parlamentares repudiaram os episódios de violência política de gênero sofridos pela deputada.
“Quero me solidarizar com a deputada federal e amiga Yandra Moura, que, exercendo seu papel de cidadania e como deputada também, contou nas suas redes sociais o que Aracaju vem passando sobre a coleta de lixo. E por conta disso sofreu violência e ataques de política de gênero. Então, queria deixar aqui essa nota de repúdio”, afirmou Kaká Santos.

Deputada Dra. Lidiane Lucena
A deputada Dra. Lidiane Lucena também usou seu tempo de fala para reforçar o apoio e denunciar a recorrência da violência de gênero na política. “Manifesto aqui minha solidariedade à deputada federal Yandra. Eu, como mulher, sei bem dessas violências que a gente sofre. Parece que nunca conseguem nos ver como uma mulher na política. A gente é sempre esposa de alguém, filha de alguém, sempre tentam nos diminuir”, declarou a parlamentar.
Dra. Lidiane ainda ressaltou a importância do respeito no debate público, especialmente quando se trata de críticas e divergências. “Acredito que, até mesmo para retrucar uma crítica que é feita, não precisamos diminuir o papel da outra pessoa. Então fica aqui meu registro. E lembrando também que essa violência política de gênero é considerada crime”, concluiu.
O deputado Cristiano Cavalcante manifestou sua indignação diante dos ataques sofridos pela deputada federal Yandra Moura, feitos por um assessor de comunicação e porta-voz da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL). Em tom firme, o parlamentar repudiou a postura do representante da gestão municipal. “Primeiro, a deputada Yandra é uma das primeiras mulheres eleitas deputada federal por Sergipe, junto com a deputada Katarina Feitosa (PSD). É uma parlamentar responsável, comprometida, com muitos serviços prestados ao nosso povo, a mais votada na última eleição, e um dos expoentes do nosso partido, o União Brasil. O que vimos foi um ataque desproporcional e infeliz, apenas porque ela fez uma crítica legítima sobre o problema da coleta de lixo em Aracaju”, declarou.

Deputado Cristiano Cavalcante
Cristiano destacou ainda que a crítica de Yandra teve caráter construtivo, sem qualquer intenção de desestabilizar a gestão municipal. “Imagine se nós, políticos, não estivermos preparados para receber críticas. Quem não aceita crítica não pode exercer um mandato eletivo. A deputada Yandra apenas cumpriu seu papel, cobrando uma solução para um problema real da população”.
O parlamentar também reforçou que a base governista tem atuado para garantir a governabilidade da prefeita Emília. “Em nenhum momento, neste semestre, houve qualquer tentativa da base de travar a gestão. Pelo contrário, as orientações sempre foram no sentido de apoiar para que a prefeita faça uma boa gestão”.
Cristiano Cavalcante criticou o fato de o ataque ter tocado em aspectos pessoais, insinuando que Yandra só tem relevância política por ser filha do ex-deputado André Moura. “Talvez ele não saiba que foi André Moura, como deputado federal, quem mais destinou recursos para Sergipe, inclusive para Aracaju. As obras estruturantes feitas na capital têm a marca do trabalho dele, e isso ninguém apaga”.
Por fim, o deputado cobrou um posicionamento dos vereadores do União Brasil em Aracaju. “Os vereadores do nosso partido precisam se posicionar. No mínimo, deve haver uma retratação pública por parte do porta-voz. É obrigação dos parlamentares exigir respeito à deputada Yandra, respeito ao nosso partido e, principalmente, respeito às mulheres na política. Caso contrário, qual a motivação para continuar dando respaldo a uma gestão que não respeita uma deputada federal eleita democraticamente?”, questionou.
O deputado Marcelo Sobral (União) criticou duramente o porta-voz da Prefeitura de Aracaju, Carlos Ferreira, após a publicação de ataques direcionados à deputada federal Yandra Moura. Para o parlamentar, as declarações do jornalista ultrapassaram os limites da crítica política e configuraram violência de gênero.

Deputado Marcelo Sobral
“Eu vou fazer uma leitura do que significa ser porta-voz — peguei aqui no Wikipedia. É um indivíduo que fala publicamente por outro. Com essa definição começo minhas palavras, porque não é a primeira vez que vejo um porta-voz de prefeitura falar de forma desrespeitosa. Ontem, veio a público, em um site de revista, atacar veementemente, de forma pessoal, a deputada Yandra Moura por uma crítica feita à gestão da prefeita Emília. E, com isso, já digo: tenho certeza de que a prefeita não compactua com essas palavras, até por também ser mulher”, afirmou o parlamentar.
O deputado destacou que Yandra Moura, além de parlamentar eleita, é uma figura de destaque no União Brasil, partido que tem sustentação política na Câmara Municipal de Aracaju. “Ela foi atacada com violência política e de gênero, inclusive com insinuações sobre seu sobrenome — Moura —, ligado ao ex-deputado André Moura, maior responsável pelo envio de recursos federais a Aracaju e atual pré-candidato ao Senado. Isso pode causar uma crise política desnecessária para a prefeita, sustentada por quatro vereadores do União Brasil e dois do Podemos, ambos liderados por André Moura”, alertou.
Marcelo Sobral ainda criticou a escolha do porta-voz. “Talvez tenha sido mal escolhido, porque não é a primeira vez que esse tipo de ataque parte dele. Cria uma verdadeira saia justa para a prefeita Emília, que vem tentando resolver os problemas da cidade. O caso do lixo, por exemplo, está sendo enfrentado com uma nova empresa, uma empresa sergipana, séria e respeitada. Mas, por causa de uma crítica legítima, o porta-voz reagiu com ataques que, além de injustificados, são criminosos segundo a Lei 14.192/2021, que trata da violência política de gênero”, declarou.
Por fim, o parlamentar reforçou sua posição: “Fica aqui o meu total repúdio a esse jornalista Carlos Ferreira. Não só pelo que disse à mulher, à deputada Yandra Moura, mas por atacar uma família inteira que muito contribuiu com o nosso estado. Que a prefeita Emília repense quem escolhe para falar em seu nome, porque, segundo o dicionário, um porta-voz representa publicamente a figura que o nomeia. E, neste caso, ele não representou bem”.
Fotos: Joel Luiz/Agência de Notícias Alese