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Ana Lúcia apresenta chapa da Articulação de Esquerda para as eleições do PT

Em entrevista à rádio MIX FM, a deputada defende ainda o rompimento da aliança entre PT e PMDB, e critica a privatização da DESO

Em entrevista à Rádio MIX FM, a deputada estadual Ana Lúcia apresentou a chapa “A Esperança é vermelha”, que concorre no Processo de Eleições Diretas do PT (PED) pela Articulação de Esquerda, tendência interna do partido. O lançamento foi realizado na noite desta segunda-feira, 20, no auditório da CUT. Em Sergipe, a chapa é liderada pela professora, sindicalista e militante histórica do partido, Ângela Melo e, em Aracaju, pelo advogado e militante social Thiago Oliveira. “Em vários municípios temos candidatos a presidência o partido”, explicou Ana Lúcia ao apresentador Gilmar Carvalho.

 

A deputada reafirmou que o caráter de democracia interna do partido manifestado por meio das eleições é fruto da pluralidade do PT. “O partido se constituiu nas divergências internas, principalmente nas táticas. É uma concepção marxista, mas com diferenças de interpretação do projeto estratégico e de suas táticas”, explicou Ana Lúcia.

 

Fazemos uma análise crítica dos nossos erros, dos nossos acertos e acreditamos que é necessário romper com a tese da conciliação diante do golpe que está sendo consolidado. Este é um momento de disputa interna e nós queremos dialogar com a nossa militância para reafirmar os princípios do partido – a organização dos trabalhadores e trabalhadoras, dos desempregados – e retomar o vanguardismo que o PT sempre teve nas lutas sociais. Estamos enfrentando o golpe e o avanço do fascismo social, político e o neoliberalismo. Precisamos fortalecer nosso programa e entendemos que, neste momento, tem de ser as forças da esquerda que não compactuem mais com os golpistas. Este é o grande desafio”, avaliou.

 

Ao ser questionada sobre a possibilidade de se somar às outras tendências internas do partido em torno de um nome consensual, Ana Lúcia explicou que a Articulação de Esquerda deliberou nacionalmente que não há possibilidade de aliança com a chapa majoritária por discordar de diversos aspectos de sua tese, em especial no que se refere à política de alianças do partido.

 

Ela apontou que o candidato à presidência nacional que tem o apoio da Articulação de Esquerda é o senador petista Lindemberg Farias, uma vez que a prioridade é a candidatura de Lula em 2018. “O desafio do companheiro Lula não é apenas resgatar as políticas que ele implementou, nem apenas mostrar a a população que a gente precisa de mudanças estruturais, mas é romper com a política de conciliação e mostrar à população que precisamos de um programa emergencial para corrigir essa crise profunda em que estamos”, destacou.

 

Apoio ao PMDB de Jackson

Diante do descumprimento do programa defendido nas eleições, das alianças do Governo do Estado com setores conservadores e da forma como o governador tem tratado os trabalhadores e trabalhadoras, Ana Lúcia defendeu a ruptura do PT com PMDB de Jackson Barreto.

 

Jackson é do PMDB, foi contra o impeachment, mas ele já aderiu ao seu partido e à consolidação do golpe. Vem aí privatização, que é defendida pelo PMDB, PSDB e DEM e o neoliberalismo”, argumentou. “Se Jackson foi eleito com um programa, com um compromisso, com uma aliança, e ele rompe com isso, por que o PT vai continuar? Por que o PT não vai buscar aliança com a esquerda ou com o campo de centro esquerda?”, completou Ana Lúcia, ao afirmar que a Articulação de Esquerda não apoia aliança com qualquer partido golpista.

 

Neste sentido, a deputada petista vetou a possibilidade de se aliar com Jackson Barreto, diante da coligação firmada entre o governador e o deputado federal Laércio Oliveira, um dos principais defensores da terceirização no Congresso Nacional. “Tenho o maior respeito por todos os parlamentares, mas tenho discordância profunda de Laércio Oliveira no campo político e ideológico. O mais grave é a visão que ele tem de mercadoria de todos os serviços públicos, é a defesa do projeto de terceirização das atividades fim. A terceirização é uma forma de flexibilizar os direitos trabalhistas, é uma forma de explorar mais o ser humano enquanto trabalhador”, destacou.

 

Outro aspecto apontado por Ana Lúcia como impeditivo de apoio da Articulação de Esquerda a Jackson Barreto é a forma como o governador tem tratado os professores e professoras e a política de educação no Estado. Perda de matrícula, falta de professores, autoritarismo e dificuldade de diálogo com os professores e professoras por parte do Secretário de Educação Jorge Carvalho e precariedade nas condições estruturais das escolas, são apenas alguns dos graves problemas enfrentados pela rede estadual de educação. Outro aspecto criticado pela marlamentar é a “Prefeiturização” do ensino fundamental, ou seja, a desresponsabilização do Estado por meio da transferência mecânica do ensino fundamental para os munícpios, que não têm estrutura fisica nem condições finaceiras de absorver a matrícula. “A forma como ele vem tratando a educação é assustadora”, resumiu Ana Lúcia, lamentando que a prioridade da SEED seja a implantação do modelo de Michel Temer de jornada integral.

 

Prejuízos da privatização da DESO

Além do tratamento dispensado à educação pública, Ana Lúcia foi taxativa ao criticar a decisão do Governador do Estado de privatizar a DESO. Para ela, privatizar a empresa estatal significa tratar um setor estratégico para a qualidade de vida da população como mercadoria. “Uma coisa é fazer crítica aos erros, problemas e limites da DESO, outra coisa é entregar ao mercado um bem que vem da natureza e que é fundamental para a vida da população”, lamentou.

 

Assessoria Parlamentar

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