O deputado estadual Francisco Gualberto (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 18, para rebater uma provocação feita pelo jornalista Cláudio Nunes no seu blog publicado no Portal Infonet, em 17 de dezembro de 2018. Com o título “Expectativa para Gualberto renunciar e cumprir a palavra dada”, o texto do jornalista remete a um discurso feito pelo deputado líder do governo em novembro de 2017. “Vejam as barrigadas do jornalista.
O discurso que fiz não foi no dia 7 de novembro desse ano, como diz a matéria. Foi feito no ano passado, na ocasião em que os deputados discutiam a forma de pagamento do 13º salário adotada pelo governo via empréstimo bancário. Nada a ver com a operação desse ano. Então, o jornalista errou na informação, pois o governo já quitou o empréstimo do ano passado. Cumpriu com a palavra. Portanto, só por aí não teria como eu renunciar a nada”, afirmou Gualberto.
O segundo erro da matéria é em relação à forma de recebimento das parcelas do empréstimo bancário relativas ao 13º salário do servidor. Gualberto explicou que para dar início ao pagamento da primeira parcela do 13º de 2018, o governo propôs pagar em cinco parcelas. Quem quisesse antecipava no banco. “Como as quatro primeiras foram pagas sem desconto algum, na quinta haveria um valor a menos por causa dos descontos. O governo então operou da seguinte forma: juntou a última (a quinta da primeira parcela) com a primeira do empréstimo desse ano, que os servidores já pegaram no banco. Então, o meu querido jornalista errou de novo. E isso deve ser porque ele está escrevendo um dicionário de erros em suas matérias”, disse o deputado petista.
Em novembro desse ano os deputados aprovaram projeto de lei referente ao pagamento da segunda parcela do 13º, feito também através de empréstimo bancário para quem tivesse interesse. Esse mesmo procedimento já acontece há três anos. Ou seja, essa operação não tem nada a ver com o empréstimo dividido em cinco parcelas para quitar a primeira parte do 13º.
“O jornalista não teve o cuidado de analisar os fatos”, frisou, lembrando que respeita Cláudio Nunes, não somente por ser amigo pessoal, mas também pela história de sua família no combate à ditadura militar. “Desejo que ele continue com toda a credibilidade que sempre teve. Ocorre que quem combateu a ditadura militar queria conquistar, entre outras coisas, o direito de livre expressão e livre imprensa. Mas livre imprensa não significa dizer usar a sua profissão de jornalismo para satisfazer os pedidos políticos de alguém ou suas vontades próprias. É preciso ter responsabilidade com o que escreve porque o jornalista é um formador de opinião”, rebate Francisco Gualberto.
Título para Bolsonaro
O deputado falou ainda sobre sua recusa em votar favorável a um título de cidadão sergipano para o presidente eleito Jair Bolsonaro. “Disse que não votaria e não votarei. Mas veio outro jornalista (Habacuque Vilacorte) vinculando essa minha posição ao fato de eu ter dito que quero participar da Mesa Diretora da Alese. Quero sim, mas discutindo com meus companheiros, sem conflito algum com nosso bloco, numa expectativa de compreensão de que meu nome possa ser acolhido na mesa diretora. Mas se alguém me disser que para que participe da Mesa, eu tenho que ser eleitor de titulo de cidadão para Jair Bolsonaro, eu desisto, não quero. Não vendo minha alma ao diabo para ser isso ou aquilo. E ninguém espera isso de mim aqui nesta Casa”, afirmou Francisco Gualberto.
“Portanto, essa política miúda não leva a nada. Que quero fazer uma solicitação ao amigo Cláudio Nunes, para que tenha mais cuidado com as fontes que lhe dão informações porque os interesses muitas vezes são outros. E não será agora que renunciarei ao mandato. Há de haver um motivo maior. Essa notícia é equivocada, esquálida e falsa”, finalizou o deputado, em relação à publicação de Cláudio Nunes.
Por Assessoria de Imprensa do Parlamentar