“Discutimos a importância da família, a questão da inclusão no mercado de trabalho e esperamos que a sociedade sergipana possa dar oportunidades a essas pessoas”, enfatiza o deputado Georgeo Passos. “Trazer o tema para a sociedade, na casa do povo, é uma tarefa fundamental para os parlamentares. Precisamos amadurecer essa discussão não só nos parlamentos, como também no próprio poder público municipal, estadual e federal”, comenta Lucas Aribé.
O objetivo do evento foi destacar o papel da família na caminhada dos cidadãos com síndrome de down e discutir como, ao conquistarem seus espaços, essas pessoas podem contribuir com a comunidade e serem felizes. Os palestrantes foram os promotores de justiça Ana Galgane e Rogério Ferreira da Silva; a procuradora do Estado de Sergipe, Rita de Cássia Matheus do Santos Silva; e a fotógrafa paulista Sandra Reis, idealizadora do projeto Galera do Click, que capacita pessoas com síndrome de down para o mercado de trabalho.
Mãe de Felippe, um jovem down, Sandra Reis enfatiza que a sociedade precisa aprender a dar oportunidades para os cidadãos com síndrome de down. “Quando essas pessoas tiverem espaço para mostrar sua capacidade, não precisaremos mais de dias como este. E o papel da família não é fazer delas nem coitadinhas, nem super-heróis. São indivíduos”, comenta. A audiência foi prestigiada pela deputada estadual Goretti Reis (Democratas), deputada estadual Ana Lúcia (PT), a vice-prefeita de Aracaju Eliane Aquino, o vereador Américo de Deus (Rede), representantes de instituições de apoio e familiares de pessoas com síndrome de down.
190 países
O dia 21 de março foi instituído pela ONU e é comemorado em mais de 190 países. Segundo a promotora de justiça Ana Galgane, a intenção é fazer a sociedade despertar para a capacidade da pessoa com deficiência. “As pessoas com síndrome de down e com deficiência de um modo geral precisam sair da invisibilidade, a sociedade tem que enxergar a capacidade delas e garantir oportunidades para que possam contribuir com a comunidade”, afirma.
O promotor de justiça Rogério Ferreira falou sobre a inserção do jovem e do adulto com síndrome de down no mercado de trabalho. “Quando tratamos sobre o tema inclusão, é necessário chamar a atenção da importância do poder público, que tem o poder de criar, estabelecer e realizar as políticas nesse sentido”, explica.
A procuradora do Estado de Sergipe, Rita de Cássia Matheus, deu seu testemunho como mãe de Laura, que tem síndrome de down. “Ela me tornou uma pessoa melhor, mais forte e muito maior do que eu imaginei que pudesse ser. A mensagem que trago de acolhimento é de que abraço. Vamos abraçar mais esses bebês e crianças com síndrome de down”, diz.