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24 crianças e adolescentes sonham com adoção em Sergipe

Em entrevista à TV Alese, a advogada do Projeto Acalanto, Tatiane Goldhar, destacou a chegada do Dia da Adoção, celebrado nesta quinta-feira (25), desde a sua criação no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção, ainda em 1996. Na oportunidade, ela revelou que, atualmente, 24 crianças e adolescentes sonham com adoção em Sergipe.

Tatiane Goldhar explicou que o Projeto Acalanto promove ações e debates ao longo do ano com pessoas interessadas em adoções. “Sempre no primeiro sábado de cada mês, promovemos reuniões e conversamos sobre adoção. E promovemos agora uma caminhada em virtude da comemoração pelo dia da Adoção, mas também organizamos vários eventos durante o ano”.

Ela explicou que nas reuniões as pessoas também conseguem informações jurídicas sobre todo o processo e explicou que a grande demora na adoção se dá, principalmente, pela concentração de preferência da faixa etária. “A maioria busca crianças com até dois anos e da cor branca. E esse não é o perfil da maioria”.

“As pessoas resistem a crianças com deficiências ou doenças crônicas e tem os casos dos irmãos também. A idade avançada também é outro complicador para essas pessoas. Algumas crianças chegam à adolescência nos abrigos. Quando passa dos sete anos aí complica”, completou a assessora jurídica.

Em seguida, Tatiane Goldhar detalhou a tramitação do processo. “Casais ou solteiros podem adotar. Em primeiro lugar eles entram na etapa preliminar e são entrevistados por psicólogos e assistentes sociais acompanhados pela Vara da Infância e da Juventude. Depois o Ministério Público dá o parecer. Com a habilitação, o juiz inscreve no cadastro nacional de ação e, a partir do momento em que aparece a criança, inicia-se o processo de adoção, o que pode levar de dois a três anos”.

Por fim ela revelou que existem crianças em Sergipe que sonham com a adoção. “São 24 crianças e adolescentes por aqui. Ficam em abrigos até que sejam adotadas. Quando se tem a notícia que a criança está abandonada e rejeitada pelos pais ou pela família, a criança é levada para um abrigo e a Coordenadoria da Infância e Juventude, junto às Varas, entra em ação. Esclarecido sobre o que levou aquela situação, a criança vai para adoção”.

“É importante destacar ainda o papel das mães sociais que garantem o mínimo de assistência, distribuindo amor gratuito e dando acolhimento emocional e espiritual para essas crianças. É comum nos deparamos com pessoas desejosas e ansiosas na fila de adoção. São solteiros, casais heterossexuais, casais homo afetivos, famílias que têm filhos e querem adotar e até quem tenta engravidar e não conseguiu, mas que tem vontade de dar amor”, finalizou a advogada.

 

Por Agencia de Notícias Alese

 

Foto: Jadílson Simões

 

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