Por Habacuque Villacorte – Rede Alese
O deputado estadual Zezinho Sobral (Podemos) participou de mais uma sessão remota da Assembleia Legislativa, na manhã dessa quinta-feira (9), quando novamente fez questionamentos sobre a atuação da Sergipe Gás (Sergás) no Estado. O parlamentar defende a necessidade de novos investimentos no “pós pandemia” e que é necessária uma participação maior da Sergás no atendimento da demanda em Sergipe.
Zezinho voltou a pontuar que a Sergipe Gás tem sido “lesiva” para o Estado e para o povo, de uma forma geral. “São 26 anos de um contrato complexo que só abrange sete municípios e que ainda envolve a Gaspetro e Mitsui – Gás e Energia do Brasil. Sendo que a Mitsui já comprou 49% da Gaspetro. Não se vê razão do investimento, embora o governador tenha indicado um dos melhores técnicos para lá”.
“Mas quando ele faz uma proposta de investimento, vem os dois sócios e dizem que não interessa porque o retorno ultrapassa o limite de cinco anos. Empresa estatal e de desenvolvimento, não tem que discutir remuneração de capital, mas o atendimento das necessidades de avanço de Sergipe”, completou Sobral, reforçando que é preciso ampliar a fiscalização.
Zezinho pontuou ainda analisando o balanço da Sergás de 2019, o faturamento foi da ordem de R$ 210 milhões, mas o lucro líquido foi de apenas R$ 1 milhão. “É insignificante! A Sergás paga R$ 140 milhões para a Petrobras que leva quase todo o faturamento. Já solicitei que o TCE averigue esse e outros contratos! De telefonia, locação de veículos, sistema de informatização. Separei cinco contratos que precisamos ter acesso”.
Por fim, o deputado reforçou que a Sergás é uma empresa estatal “manipulada pelo capital estrangeiro” e que o momento requer cuidados com a pandemia, mas que é preciso também focar no desenvolvimento econômico. Ele pontuou que as ajudas financeiras do governo federal tendem a acabar e que Estados e Municípios vão enfrentar sérias dificuldades. “Vamos precisar dar respostas para a sociedade. A Fafen, por exemplo, para voltar a funcionar, depende de um contrato de gás equilibrado”.
Foto: Jadilson Simões