Por Assessoria Parlamentar
‘Carcinicultura: ganhos socioeconômicos e ambientais’ foi o tema da palestra ministrada pelo deputado estadual Zezinho Sobral (Pode) no 2º Workshop Brejo Cam, na noite desta quinta-feira, 12, no município de Brejo Grande. O evento contou com a presença de carcinicultores, aquicultores, técnicos, membros da Associação Norte Sergipana de Aquicultura (ANSA), da Associação dos Engenheiros de Pesca de Sergipe (AEP/SE), empresários e representantes de municípios da região do Baixo São Francisco.
“A carcinicultura é uma atividade que faz a diferença na vida de muitos produtores. A criação de camarão é ecologicamente correta e contribui significativamente para a economia. A carcinicultura não utiliza agrotóxicos e é uma alternativa para a melhoria do meio ambiente e o fortalecimento da economia local. A produção do camarão em Sergipe é promissora e está em constante crescimento porque gera emprego e renda. Ela preserva o meio ambiente e não utiliza agrotóxicos”, afirmou.
Na opinião do parlamentar, que é engenheiro agrônomo, a carcinicultura é um grande setor de novos negócios. “É preciso avançar no diálogo e unir esforços para que produtores ampliem seus trabalhos e obtenham bons resultados na comercialização. Neste workshop, presenciei a participação de empresas, investidores que foram discutir, apresentar propostas, soluções técnicas para encontrar, juntos, uma linha de desenvolvimento econômico. Este evento representa a possibilidade da redenção do Baixo São Francisco com uma atividade que agrega na empregabilidade, protege o meio ambiente. É um novo ciclo que já é uma realidade”, disse.
Durante a palestra, Zezinho Sobral fez um comparativo entre a rizicultura, atividade que antes era praticada no Baixo São Francisco em grande escala, com a carcinicultura, que mudou positivamente a vida de muitas famílias.
“Este ano tive a oportunidade de visitar alguns viveiros de camarão da região e fiquei impressionado como a carcinicultura é especial para a economia, para a vida de inúmeras famílias e para a preservação ambiental. Antes, esses mesmos locais eram utilizados para a rizicultura. A cultura do arroz está sendo substituída pela do camarão, porque é mais rentável e não agride o meio ambiente. Graças a essa atividade, além de produzir o camarão, é possível aumentar a flora e a fauna local. São muitas alternativas de progresso. O turismo e a agricultura podem caminhar juntos. A piscicultura e a carcinicultura modificam a vida das pessoas para melhor”, pontuou.
Segundo Zezinho Sobral, “com o crescimento da carcinicultura, da piscicultura e da aquicultura, é possível atrair mais investimentos, ver possibilidades da instalação de fábrica de gelo, de ração, entreposto de pesca e uma série de atividades que podem gerar mais empregabilidade. Que sejam criadas condições com propostas reais e concretas de crescimento dessa área. A questão das legislações ambientais tem um aspecto positivo para o ponto de vista do desenvolvimento. As associações estão se mobilizando e todos precisam pensar nos próximos passos. Estive recentemente dialogando sobre adequações de leis ambientais e o fortalecimento do setor. O diálogo é amplo e nosso mandato está à disposição para sempre pautar o desenvolvimento sustentável e cuidar do meio ambiente”.
O deputado Zezinho Sobral ainda falou sobre zoneamento costeiro e desenvolvimento sustentável para o turismo sergipano, temas que sempre estão em pauta pelo parlamentar na Assembleia Legislativa de Sergipe.
“São bandeiras que também defendo. Existem áreas turísticas que hoje estão inviabilizadas devido à algumas portarias do Ibama que transformaram Sergipe em um estado com maior área de preservação ambiental, sendo ele o menor de todos geograficamente. Sergipe possui mais de 40% do seu território com áreas não exploráveis. Isso é mais do dobro do segundo colocado em área. Todo litoral, com exceção de Aracaju, não é acessível. Essa construção pode destravar o desenvolvimento turístico de áreas como Caueira, Pirambu, Abais, Crasto, Brejo Grande, Neópolis, Ilha das Flores e outras áreas com grande potencial turístico”, explicou.
Para Zezinho Sobral, “Sergipe tem condições de manter áreas de preservação ambiental e empreender um desenvolvimento sustentável sem inviabilizar a agricultura, aquicultura, carcinicultura e o turismo. Queremos uma legislação objetiva, simplificada, com fácil e correta convivência socioambiental”.