Por Habacuque Villacorte – Rede Alese
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Zezinho Sobral (PODE), ocupou a tribuna, nessa terça-feira (2), para assegurar que a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) em Sergipe e a Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) não serão privatizadas, como setores da imprensa e da oposição estão “ventilando”. O deputado explicou que qualquer tratativa sobre o assunto antes requer a aprovação do Poder Legislativo.
Em seu discurso, Zezinho falou da reunião que ocorreu no Palácio dos Despachos, com as presenças do governador Belivaldo Chagas (PSD); do representante do Ministério de Minas e Energia; da Petrobras e da Fafen. “A Petrobras tem manifestado o interesse de deixar o mercado de fertilizantes e pretender focar apenas no petróleo e no gás. Por isso está se propondo o arrendamento da Fafen”.
Zezinho disse que não procede o discurso de venda da Fafen porque depende da chancela do legislativo. “A Petrobras está impedida de vende-la, por isso é que está apostando no arrendamento. O prazo de cinco anos para arrendar é que não existe! Temos três empresas que se habilitaram e foi sugerido na reunião que esse prazo seja estendido. Na Bahia uma nova liminar determinou a volta das atividades da Fafen de lá”.
Em seguida o deputado tratou de enumerar benefícios registrados com a produção de fertilizantes pela Fafen, sobretudo para a manutenção da cadeia produtiva. “Sergipe hoje é um diferencial em relação aos demais Estados por conta dessa termoelétrica que temos aqui. Em breve a Petrobras vai explorar o petróleo de águas profundas. O Gás de Sergipe é hoje fonte de atração de investimentos e poderíamos ter aqui um parque industrial para produzir fertilizantes em grande escala”.
Deso
Por fim, o deputado disse que o mesmo entendimento vale para a teoria de privatização da DESO. “A privatização da Fafen, da Deso ou de qualquer outra empresa pública requer a aprovação do Legislativo e eu não percebo isso. O governador fez uma analogia com a situação da DESO, sobre o caso dela ser mais eficiente e possa fazer uma PMI com o BNDES para tornar mais eficiente sua prestação de serviços. O problema é que a oposição coloca as coisas para gerar um fato maior do que é”.
Foto: Jadílson Simões