Por Wênia Bandeira
O deputado Zezinho Guimarães (MDB) fez um apelo ao Governo do Estado e à Prefeitura de Aracaju em nome das empresas de transporte. Ele explicou que a pandemia está causando muitos problemas para o setor e, por este motivo, seria necessário um subsídio financeiro.
“As empresas de transporte estão praticamente falidas, não só em função da problemática dessa pandemia bem como dessa avalanche de aplicativos, de clandestinidade, de outras formas de transportes. É preciso que o Governo do Estado e a Prefeitura de Aracaju sentem-se com esses empresários para que a gente possa minimizar o problema do transporte na nossa capital e do sistema intermunicipal. São dados estarrecedores, houve uma queda de passageiros, que é perfeitamente compreensível, de mais de 45%”, afirmou o parlamentar.
Ele lembrou que as empresas precisaram manter 80% da frota de veículos rodando para evitar a aglomeração. Enquanto isso, o pedido dos passageiros é que o preço da tarifa seja mantido e os trabalhadores precisam continuar com seus empregos.
“Além de tudo a gente está acompanhando os órgãos de fiscalização pedindo mais e mais ônibus rodando para que não haja aglomeração e é justo que peça. É justo que peça também que não haja aumento de tarifa, mas a gente também tem que entender que o combustível aumentou, que o preço do equipamento aumentou, que os preços das peças aumentaram, enfim o custo não diminuiu proporcional à diminuição de passageiros, portanto há uma lacuna que precisa ser ajustada”, declarou Zezinho Guimarães.
O deputado ainda salientou que o sindicato dos motoristas pede que não aconteça a saída do cobrador. Assim, para ele, é essencial o pagamento de auxílio financeiro para as empresas para que todos os pedidos sejam atendidos.
“Eu sei que existem mecanismos de compensação e, por ironia do destino, Sergipe não tem licitação de transportes, se tivesse a prefeitura seria obrigada a pagar subsídio para fazer a compensação do equilíbrio financeiro das empresas. Todos os estados que têm licitação pública estão sendo obrigados a pagar subsídio, São Paulo já vai a mais de R$ 1 bilhão”, acrescentou.
Zezinho Guimarães lembrou que com a entrada do cartão que substitui os recursos, é evidente que melhora a segurança dos usuários e das empresas, traz muitos benefícios, mas traz também o desemprego. As declarações ocorreram durante a sessão mista desta quinta-feira, 18, da Assembleia Legislativa de Sergipe.
Foto: Ascom-SMTT