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Audiência: Vladimir Caramori fala sobre a escassez hídrica e a seca no Estado

A deputada Estadual, Ana Lúcia, do PT, promoveu e conduziu na manhã de hoje, 19 de maio, no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe, ALESE, um amplo debate que ocorreu durante Audiência Pública sobre “Escassez Hídrica e a Seca em Sergipe”. O evento, que contou com a participação de diversos atores envolvido com a área de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, teve por palestrante , o presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH), Vladimir Caramori Borges de Souza.

Durante a audiência pública, Vladimir Caramori, que também é doutor em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, formado  pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e  professor da Universidade Federal de Alagoas, destacou principais alternativas para suprir o impacto permanente gerado pelas questões climáticas no Brasil, e em especial, a seca na região Nordeste.

Numa rica exposição, contemplada com recursos visuais de gráficos e imagens reais sobre às questões climáticas relativas aos fenômenos climáticos, a exemplo de enchentes,  vazões de mananciais,  e a efetivação da seca; exposição  demonstrou ainda, dados  estatísticos sobre consumo hídrico da população da  região nordeste e especificamente, do Estado de Sergipe.   Diante do cenário apresentado em palestra- a qual fez comparativo do uso dos  recursos hídricos  entre os Estados do Ceará e Paraíba e São Paulo –  o presidente da ABRH pontuou ainda sobre melhor atuação da gestão pública, com ações permanentes  e não somente emergenciais,    e ainda asseverou  sobre  atuação da população,  pela mudanças de hábitos, para ideal consumo  hídrico consciente da população.

As alternativas para garantir segurança hídrica foram destacadas para mitigar os efeitos da seca foram  salientadas pelo presidente da ABRH. “Independente de questão climática,  qual medida tomou o  gestor público para  atuar no momento de crise hídrica? Se a oferta é decrescente, a demanda é sempre crescente. O que é que o gestor poderá fazer hoje para demanda cada vez maior para amanhã?”, indagou  Vladimir Caramori, salientando colocações da Lei 9. 433/97, que dá orientação para questões de Conflitos e a Gestão Pública.

Também salientou o palestrante, como alternativas que sinalizam melhorias da crise hídrica, “a Infraestrutura da Transposição do Rio São Francisco. Caso não fosse feita, ocorreria o colapso hídrico. Um outro cenário a ser observado como alternativa de melhoria é a capacidade institucional de fazer a gestão. Pois quem vai acompanhar todo esse movimento? O uso dessa água,  os desvios, a energia elétrica dessa operação? ”, concluiu o palestrante, enfatizando o papel especial da população no contexto da questão da crise hídrica, como  consumo consciente do uso da água. “Porque uma pessoa em Aracaju gasta 150 litros/dia  de uso de água, e em Campina Grande o consumo diário de uma pessoa é de 100 litros, por exemplo?”.

Secretário de Estado do Meio ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Sergipe ( Semarh), Olivier Chagas também frisou  a importância de a população auxiliar na redução do consumo da água, de forma mais consciente. “Fechar a torneira, evitar o desperdício. Não há segredo algum, de que apenas tomemos mais cuidado no uso da água. Os recursos hídricos, o consumo consciente, a economia de bem natural é  um compromisso de todos”, deixou a mensagem, Olivier Chagas.

Fazendo parte do dispositivo, o superintendente de Sistemas Regionais de Água da Deso, Carlos Anderson Pedreira, na oportunidade do fórm de discussões, apresentou diagnóstico crítico sobre a escassez da água. Salientou que a empresa assiste, com o fornecimento de Recursos Hídricos, o número de 73 municípios do Estado. Ressaltou  que alguns municípios,  hoje, com os efeitos da  estiagem, a exemplo de  Cristinapólis  e  Umbaúba,  região Sul do Estado,  passaram por  situação crítica maior  elevada devido à ausência de chuvas.

 “Como choveu mais um pouco agora, melhorou um pouco o nível das barragens, mas a situação ainda não é confortável.  Também,  em outras regiões mais afetadas, a exemplo da região de Ilha das Flores,  a Deso deixou de operar, e enviou caminhão pipa para abastecimento humano”, comentou Carlos Anderson, fazendo um diagnóstico atual da empresa Deso no enfrentamento à Seca.

Desdobramentos

AUDIENCIA PUBLICA ESCASSEZ HIDRICA FOTO JADILSON SIMOES 190517 (30)A deputada Ana Lúcia agradeceu aos participantes –  que somente para  uso da palavra durante o fórum, o número de inscritos chegou a 20 participações-  e  sugeriu ao presidente da ABRH que o resultado de sua apresentação seja publicado, como uma  fruto de resultado de pesquisa. Seguro explicou ainda a deputada, “audiência pública foi uma deliberação tomada em reunião da Frente, devido ao avanço dos problemas ocasionados pela seca e pela escassez hídrica no nosso. Com esse cenário, o poder público, deve ouvir a população para conhecer melhor a situação e evitar que nós tenhamos um colapso na questão da água pois a conjuntura é muito grave”, ressaltou.

Presenças e composição de mesa de debates

Na mesa de debates, a deputada Ana Lúcia, promotora da audiência pública; o secretário de Estado do Meio Ambiente (Semarh), Olivier Chagas; o superintendente de Recursos Hídricos da  Semarh, Ailton Rocha; o superintendente da Deso, Anderson Pedreira, e o presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH), Vladimir Caramori Borges de Souza.

Ainda, na composição dos debates, representantes do Movimento de Mulheres Trabalhadoras do rio São Francisco;  Associação de Pescadores de Ilha das Flores; representantes da Associação do Semi-árido (ASA); Centro Dom José Brandão Castro; e do Banco do Estado de Sergipe. Evento contou ainda com a participação de secretários municipais, da prefeitura de Japaratuba, Indiaroba, Malhada dos Bois, e Japoatã. Plenário e galeria da Casa Legislativa esteve totalmente preenchido com lideranças  e  diversos autores envolvidos com a área ambiental.

Por Agência de Notícias Alese

Foto: Jadilson Simões

 

 

 

 

 

 

 

 

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