O deputado estadual Valmir Monteiro lamentou que o município de Lagarto e o estado de Sergipe tenham sido alvos de preconceito nas redes sociais por causa da decisão do juiz Marcel Maia Montalvão em bloquear o WhatsApp. Segundo o parlamentar, a repercussão fez muita gente achincalhar com os lagartenses, mostrando intolerância e desconhecimento com a história e o potencial econômico da cidade. “Nós tivemos o nome de Sergipe e de Lagarto desrespeitado. E Sergipe e o povo de Lagarto merecem respeito”, afirmou.
Para Valmir Monteiro, houve exagero e muita intolerância com os sergipanos e especialmente os lagartenses. O deputado disse que as manifestações de ódio partiram de pessoas que não conhecem a história de sergipanos ilustres como o ex-governador Marcelo Déda, Seixas Dória e Tobias Barreto , e de personalidades importantes que nasceram em Lagarto, como Laudelino Freire, Sílvio Romero e Joel Silveira.
“Lagarto é um dos municípios mais importantes de Sergipe, tem história e por isso o povo lagartense está respondendo à altura às críticas duras feita ao juiz Marcel e à cidade. Lagarto contribui para Sergipe com impostos de várias indústrias importantes, como o grupo Maratá, contribui com sua produção agrícola e a pecuária. Lagarto tem voz e vez”, argumentou Valmir, que assinará a moção de apoio que a Assembleia Legislativa de Sergipe prepara para o juiz Marcel Montalvão.
Para o deputado estadual Gilson Andrade o que mais incomodou foi ver sergipanos de várias cidades, como Estância, apoiar as críticas dirigidas ao juiz de Lagarto. “Marcel agiu em nome da população contra o tráfico de drogas. E os desavisados vão no ‘oba-oba’ denegrindo a competência do juiz lagartense. E com a decisão do juiz as pessoas tiveram mais tempo para conversar entre si”, citou.
A deputada Ana Lúcia disse que ficou estarrecida com o preconceito nas redes sociais contra os nordestinos. Para a parlamentar, isso é grave. “As ideias preconceituosas partem de quem não conhece a história. E há a questão do tráfico de drogas. O juiz é uma pessoa corajosa e não acredito que será punido pelo Conselho Nacional de Justiça, e sim premiado”.