O Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS) conseguiu iniciar a realização dos exames após investigações que resultaram em uma ação civil pública proposta contra a União com pedido de regularização do abastecimento de insumos essenciais no Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen). Na oportunidade, verificou-se a necessidade de aquisição de insumos e da realização de serviços de manutenção e calibragem do equipamento do Laboratório do HU que realiza os exames RT-PCR , valor orçado em cerca de R$ 15 mil.
O RT-PCR é o exame considerado “padrão-ouro” para diagnóstico e é indicado para quem está com sintomas da COVID-19.
De acordo com o responsável pelo Laboratório, Roque Pacheco, que é também gerente de Ensino e Pesquisa do HU-UFS, a capacidade atual de processamento do laboratório chega a uma média de 90 exames diários para a detecção da Covid-19.
Termo
Diante da informação, os Ministérios Públicos firmaram termo de compromisso com o laboratório do HU para destinar R$ 8.612,43, a fim de que fosse realizada a manutenção preventiva do equipamento, e R$ 6.337,46, para aquisição de kit de calibração espectral. Após a destinação dos recursos e a realização dos procedimentos necessários, o Lacen validou o equipamento e habilitou o laboratório do HU para o processamento dos exames.
“Um exame como esse custa cerca de R$ 500 na rede privada. O custo que o HU tem hoje é com material e pessoal. A depender de ajustes com a Secretaria de Estado da Saúde, em relação a insumos e pessoal, esses exames podem ser ampliados para pacientes da Unidades de Pronto Atendimento ou mesmo pacientes com suspeita da doença que dependam de um diagnóstico efetivo para internação”, pontua Roque Pacheco.
“O HU só tem a agradecer aos Ministérios Públicos Federal, do Trabalho e do Estado de Sergipe pelo empenho que possibilitou o processamento dos exames pelo HU, um reforço ao trabalho que vem sendo realizado pelo Lacen. Isso beneficia também a produção de dados epidemiológicos muito importantes, que permitem conhecer o comportamento da doença em Sergipe”, complementa.
Com informações do Portal UFS(*)
Foto: Michal Jarmoluk-Pixabay