Por Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese
Os problemas enfrentados pelas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi tema de pronunciamentos, nesta terça-feira, 8, durante o grande expediente. O tratamento adequado e o conhecimento necessário sobre o tema foram explanados pelos parlamentares.
O deputado Luciano Pimentel (PP) subiu à tribuna e exibiu um vídeo no qual o apresentador Marcos Mion, pai de um autista, e Diva, a mãe de um autista, falaram sobre o assunto. O filho de Diva foi agredido na escola onde estudava.
O menino, de 13 anos, sofreu um golpe mata-leão e os colegas ainda jogaram água gelada nele, tudo aconteceu durante o intervalo recreativo. A criança tentou suicídio após demonstrar que não queria mais frequentar a escola.
“Mostra o quanto nós ainda precisamos trabalhar esse tema, esclarecer a sociedade e fazer com que as leis sejam cumpridas. Ao assistir um depoimento tão comovente como esse, sou levado à reflexão que tanto precisamos fazer. Um depoimento como este nos levar cada vez mais a organizar uma ação ordenada e eu tenho colocado meu mandato à disposição para que a gente possa discutir, esclarecer a sociedade e melhorar a vida destas pessoas”, falou Luciano Pimentel.
Ele ainda salientou que não existe no estado um centro de atendimento especializado para os autistas. Pimentel disse que é preciso direcionar recursos para a construção de um centro que é primordial, principalmente para as pessoas de baixa renda.
“As crianças autistas são muito inteligentes, elas só precisam de um acompanhamento médico adequado. Nós sabemos que as pessoas que têm uma vida financeira melhor têm condição de ter esse tratamento adequado, mas quem não tem renda suficiente tem muita dificuldade”, afirmou.
O deputado Adailton Martins (PSD) pediu uma parte para falar que quer adentrar nesta busca por melhorias. Ele explicou que foi procurado por uma associação que relatou o alto número de pessoas que precisam de atendimento.
“Então eu quero dizer que estarei ao lado para ver o que a gente pode fazer para amenizar o sofrimento destas famílias”, declarou. A associação citada por Adailton Martins está localizada em Barra dos Coqueiros.
O deputado Rodrigo Valadares (União Brasil) destacou a necessidade de acompanhamento médico desde o início. Ele manifestou sua preocupação quanto às pessoas com TEA que não receberam o diagnóstico por não ter acesso à equipe médica.
“O que muito me preocupa são os invisíveis, que são os que tem o Transtorno do Espectro Autista, mas não são identificados. Muitas vezes, pessoas de baixa renda que estão no interior do estado, por isso apresentamos, com apoio do suplente de vereador Batatinha – é uma ideia dele -, um projeto de lei que busca os invisíveis, a capacitação dos agentes de saúde para poder diagnosticar de maneira precoce esse paciente e encaminhar para o tratamento”, detalhou.
TEA é um transtorno do desenvolvimento que leva a comprometimentos na comunicação e interação social, caracterizado por comportamentos restritivos e repetitivos. Esta condição não afeta a capacidade intelectual das pessoas.
As declarações ocorreram durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe.
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