Por Assessoria Parlamentar
O deputado estadual Talysson de Valmir, PL, reagiu com preocupação ao anúncio da Petrobras de iniciar a transferência de atividades administrativas em Sergipe. Na noite da última terça, 12, a estatal anunciou em sua página na internet que até março de 2020 concluirá a transferência de sua sede administrativa de Aracaju para a base em Carmópolis. “O procedimento segue na contramão das recentes descobertas na bacia Sergipe-Alagoas. A Petrobras é um importante agente da economia sergipana e não podemos assistir inertes ao seu desmonte no estado”, observa.
Em nota, a Petrobras diz que está realizando o planejamento da movimentação das equipes, que inclui a transferência dos profissionais para outros imóveis em Sergipe ou para outros estados. “Os trabalhadores da estatal no estado também saem prejudicados. Uma medida como essa traz muitas consequências. Será que o lucro obtido em Sergipe realmente não justifica a manutenção de suas atividades pelo menos como está hoje”, questiona.
A notícia chegou na mesma semana em que o governo do estado comemorou uma nova perfuração, pela Petrobras, no bloco SEAL-M-424, na Bacia de Sergipe-Alagoas. Adquirido na 6ª rodada de licitações da ANP, o bloco é operado pela petroleira com 100% de participação. “Este poço, foi o sétimo perfurado nesta mesma bacia desde 2012, o terceiro só este ano. Estes dados só comprovam que a Petrobras está errada. Há grande expectativa com o resultado dessa nova perfuração. A Petrobras tem um importante papel social no país e precisa corresponder a isso”, diz Talysson.
O deputado volta a destacar que Sergipe é pioneiro na exploração em águas profundas, e cita a recente descoberta de seis campos de gás natural, que revelaram um novo potencial para Sergipe. “No primeiro semestre deste ano a Petrobras divulgou que, com estas novas descobertas, está realizando uma avaliação para descobrir qual o potencial produtivo de petróleo e gás natural da Bacia de Sergipe e que seu plano de negócios e gestão 2019-2023 contempla o orçamento para a instalação de um sistema de produção. Mesmo diante deste cenário, a Petrobras optar por diminuir sua presença em Sergipe. Temos que nos unir forças para reverter esta situação. O desmonte da Petrobras compromete o futuro de Sergipe”, diz.
