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‘Setembro Amarelo’ reforça a importância da prevenção ao suicídio

Com o objetivo de intensificar a luta pela vida e conscientizar a população de que os cuidados com a saúde mental devem ser uma preocupação de todos, a campanha “Setembro Amarelo” é realizada anualmente. Considerada a maior campanha antiestigma do mundo, sua temática para 2025 é “Se precisar, peça ajuda!”, e diversas ações já estão sendo desenvolvidas com esse foco. Além de conscientizar, ela visa a promoção e compreensão de que a saúde mental é uma questão coletiva, que exige o envolvimento de toda a sociedade para garantir o bem-estar de cada indivíduo.

Importância da Alese no Combate ao Suicídio

A Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) desempenha um papel fundamental na promoção da saúde mental e na prevenção ao suicídio. Aprovada na Casa em 2017, a Lei nº 8.253/2017 inclui a campanha ‘Setembro Amarelo’ no Calendário Oficial de Eventos do Estado, com o intuito de estimular a realização de palestras, debates e ações sociais sobre o tema.

Essas atividades promovem o debate sob os pontos de vista social, educacional e psicológico, além de incentivar o desenvolvimento de programas e projetos voltados à educação e prevenção ao suicídio. O Dia Mundial de Combate ao Suicídio, celebrado no próximo dia 10 de setembro, é uma data emblemática para o avanço dessas discussões.

Prevenção ao Suicídio

Os cuidados necessários para prevenir o suicídio exigem um esforço constante de toda a sociedade. Embora o período de 8 a 14 de setembro concentre ações mais intensas de conscientização, é fundamental lembrar que a prevenção deve ser feita todos os dias. O suicídio continua a ser uma das maiores causas de morte no mundo, com uma pessoa se suicidando a cada 40 segundos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o suicídio uma epidemia global.

Dados Alarmantes e a Realidade Brasileira

Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 11.502 internações relacionadas a lesões autoprovocadas, o que representa uma média diária de 31 casos. Esse número reflete um aumento de mais de 25% em relação a 2014, quando foram registrados 9.173 casos. Esses dados são fornecidos pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), ONG  que atua em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério da Saúde. Os dados foram divulgados em 2024.

A análise regional feita pela Abramede das internações por lesões autoprovocadas revela um cenário alarmante em alguns estados. Alagoas, por exemplo, teve o maior aumento percentual, com um crescimento de 89% nas internações de 2022 para 2023. Outros estados, como Paraíba e Rio de Janeiro, também apresentam aumentos significativos, de 71% e 43%, respectivamente. Por outro lado, estados como São Paulo e Minas Gerais, embora com números absolutos elevados — 3.872 e 1.702 internações, respectivamente —, registraram aumentos percentuais menores, de 5% e 2%, respectivamente.

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde, referentes ao ano de 2021, indicam que o suicídio entre crianças e adolescentes também é uma preocupação crescente. Entre os jovens de 15 a 19 anos, o índice aumentou 49% de 2016 a 2021, alcançando 6,6 óbitos por 100 mil habitantes. Já entre crianças de dez a 14 anos, a taxa subiu 45%, chegando a 1,33 óbitos por 100 mil habitantes, o que acende um alerta para a necessidade de estratégias de prevenção voltadas a essa faixa etária.

Criação de novas políticas públicas

Diante desse cenário preocupante, a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal aprovou, nesta semana, a criação de uma política nacional específica de prevenção ao suicídio entre crianças e adolescentes através do PL nº 1773/2022. A proposta, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB/SE), visa intensificar as ações de prevenção e suporte para esse público. O projeto agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça no Congresso Nacional.

Contribuição da Psicóloga da Alese

Psicóloga da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), Aline Carvalho de Melo – Foto: Arquivo Pessoal

A psicóloga da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), Aline Carvalho de Melo, destaca a importância de promover o debate sobre o suicídio e a saúde mental de forma aberta e sem estigmas. “A campanha do Setembro Amarelo refere-se a ações de conscientização da importância de falar abertamente sobre sofrimento emocional e promoção à saúde mental ”, explicou

O fortalecimento da discussão pública sobre o tema é essencial para que se avance no combate ao preconceito e para que mais pessoas se sintam seguras em buscar ajuda quando necessário. “A psicologia exerce papel fundamental nesse processo oferecendo escuta acolhedora e qualificada , buscando identificar sinais de sofrimento psíquico contribuindo para o fortalecimento emocional do indivíduo”, concluiu a psicóloga Aline Carvalho de Melo.

Foto Capa: TRE/SE

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