Ansiosos e preocupados com o resultado da votação do projeto de lei 98/2018, que acontece na manhã desta terça-feira, dia 29, na sala das Comissões da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), servidores da Fundação Hospitalar do Estado (FHS) ocuparam as galerias da Casa para acompanhar a sessão plenária.
Com os olhos lacrimejados, a técnica de enfermagem e servidora da FHS desde 2008, Marilene Barbosa, relatou que quando o certame foi realizado a categoria não sabia que existia um contrato do Estado com FHS e, hoje, sofre com instabilidade emocional, pois tem medo de ficar desempregada e passar por privações.
“O emprego é a nossa sobrevivência. Na época, o edital estava bem claro que a realização do concurso era entre a Secretaria de Administração e a da Saúde. E, como todo pleito, achamos que teríamos estabilidade e ficamos felizes em sermos servidores do Estado. Foi quando surgiu essa história de contrato e ficamos nessa situação. Hoje, a gente vive nessa insegurança de continuidade de trabalho, somos mães e precisamos do nosso emprego”, desabafou a servidora da FHS.
A pernambucana e enfermeira do Hospital Regional de Socorro, também servidora da FHS, Adriana Maria de Lima, contou que o medo de perder o emprego é imenso devido às necessidades que irá passar, pois reside em Sergipe há seis anos e não pensa em voltar para a terra natal.
“Vim para Sergipe em busca de estabilidade coisa que não tive no meu Estado. Fiz minha prova, passei e de repente vem toda essa problemática. Tenho medo de ter que voltar e recomeçar. Se isso acontecer, passarei necessidade porque fiz projetos. A depender do resultado terei que ir atrás de hospitais e o campo esta se fechando. Não me vejo de ter que voltar a depender de minha família”, declarou.
Kelly Monique Oliveira – Rede Alese
Foto: Jadilson Simões