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Sergipe tem 51 mil pessoas cadastradas para doar medula óssea

Por Aldaci de Souza/Agência de Notícias Alese

Comemora-se neste sábado, 17, o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, com a finalidade de agradecer aos doadores, que colheram amostras de sangue com o propósito de salvar vidas.  O maior banco de doadores de medula óssea está localizado no Brasil, com 5 milhões doadores cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Em Sergipe, cerca de 51 mil pessoas se cadastraram entre os anos de 2016 e 2022 e o primeiro transplante foi feito em 2020.

Na Assembleia Legislativa de Sergipe, foram aprovadas as leis nºs 7.140/2011, que institui a Semana de Conscientização do Doador de Medula Óssea no estado; a 7.590/2012, dispondo sobre a execução do teste de tipagem HLA nos materiais coletados na doação de sangue, objetivando posterior inclusão dos dados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea e a 8.094/2016, que dispõe sobre a isenção do pagamento de taxa de inscrição de concursos públicos promovidos pelo governo do Estado de Sergipe, aos doadores de medula óssea. 

Na medula óssea estão localizadas as células-tronco hematopoéticas, responsáveis pela geração do sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas), substituídas no transplante de medula, beneficiando pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas). Também poderão ser beneficiados com o transplante, pessoas com mielodisplasias, doenças do metabolismo, doenças autoimunes e vários tipos de tumores.

Critérios

Drª Lourdes Alice: “Não é um procedimento difícil” (Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com a médica onco-hematológica e assessora técnica do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), Lourdes Alice Marinho, os critérios para se tornar doador de medula óssea, são simples.

“É preciso ter boa saúde, não ter doenças infecciosas e hematológicas; ter entre 18 e 35 anos. Uma vez já inscrita, a pessoa fica no cadastro até os 60 anos. Os doadores devem comparecer ao hemocentro, preencher uma ficha com alguns dados, para que seja feita a retirada de 4 ml de sangue, que serão encaminhados para fazer a tipagem HLA (exame de Histocompatibilidade) e guardados no registro de medula óssea, que aqui no Brasil é o REDOME, o terceiro maior do mundo, com 5 milhões de pessoas cadastradas atualmente”, informa.

Drª Lourdes Alice ressaltou que as pessoas precisam entender o que é uma doação de medula, façam o cadastro e mantenham atualizado. “Apesar de sermos o maior banco do mundo juntamente com a Alemanha e os Estados Unidos, se a pessoa não atualiza, a exemplo da mudança de endereço, de telefone ou e-mail, na hora de fazer os testes confirmatórios para a doação, não é encontrada. Muitas vezes podem acontecer óbitos e o cadastro fica desatualizado, então o ideal é atualizar sempre que houver algum tipo de mudança que vá dificultar encontrar o doador. O importante é ter doadores com qualidade que se obtém com um registro bem feito no qual quando houver necessidade, essa pessoa seja encontrada”, reitera.

Dados

A médica informou os números de pessoas inscritas no cadastro em Sergipe, de 2016 até 2022 para fazer a doação de medula óssea. “O ano passado, em torno de 1.200 mais ou menos, se cadastraram. Sergipe como um todo sempre foi um estado que contribuiu bastante e nesses últimos anos foram cadastradas cerca de 51 mil pessoas”, diz garantindo que o procedimento para a doação é simples. Mesmo assim, ainda existem tabu e medo por parte de algumas pessoas.

“Isso por desinformação, pois não é um procedimento difícil. Após o cadastro, é feita a coleta de 4 ml de sangue, que será guardado; quando aparece uma pessoa que precisa, esse doador é chamado, é tirado um pouco mais de sangue e feito outros exames mais específicos. Caso realmente seja compatível a doação é feita por meio de métodos diferentes: a estimulação, recebendo durante cinco dias uma medicação que vai fazer o aumento da produção das células-tronco na medula óssea e fazer com que elas saiam da medula e vá para o sangue periférico através de uma aférese (separação dos componentes do sangue por centrifugação em uma máquina) e leva até o centro de transmissão. E existe a retirada da própria medula óssea, o tutano do osso, baseado no peso da pessoa que vai receber. É importante saber que essas células são renovadas de forma muito rápida. Então 15 dias  depois, o doador já está com todas as células de volta”, explica.

Campanhas

Em Sergipe, a Secretaria de Estado da Saúde realiza campanhas de conscientização e incentivo ao cadastro de doações, por meio do Hemose e da Central de Transplantes.

Em janeiro de 2021, os policiais rodoviários federais desenvolveram a campanha “5 ml de Esperança”, na sede do Hemose, visando estimular o cadastro de pessoas aptas à doação de medula óssea. 

No último mês de agosto de 2022, o Hemose realizou em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), 321 cadastros de pessoas que farão parte do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). A campanha em parceria com o departamento de Farmácia, a Liga de Hematologia e Hemoterapia e a Federação Internacional das Associações de Estudantes de Medicina, contou com a participação ativa de estudantes no Campus de São Cristóvão.

Em Sergipe, o cadastro dos interessados em se tornar doadores de medula óssea é feito pelo Hemose.  Informações podem ser adquiridas através dos telefones (79) 3225-8039 e 3259-3174.

 

Foto: Divulgação Hemose

 

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