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Sergipe é destaque na produção de mel

Stephanie Macêdo/Agência de Notícias Alese

Hoje é o  ‘Dia Nacional da Abelha’ é comemorado nesta segunda-feira, 03 de outubro. Mais de vinte mil espécies de abelhas já foram descritas no mundo todo e um número indefinido ainda é desconhecido. Só no Brasil já foram identificadas mais de 1.500 espécies. Um estudo da Escola Nacional de Formação Superior para Educação Agropecuária, na França, aponta que as abelhas são responsáveis por 1/10 do valor da agricultura, o que no Brasil significa uma fatia próxima de R$ 100 bilhões por ano.

Estima-se que 87% das plantas selvagens e 70% das culturas alimentares no mundo todo se beneficiam da polinização animal. Entre os polinizadores, as abelhas são os mais importantes e mais eficientes agentes. Elas são responsáveis pela polinização de vegetais que fornecem 90% dos alimentos do mundo. Além disso, o mel produzido em apiários pode ser destinado a alimentos, cosméticos, medicamentos, biocombustíveis e outros.

Sergipe

O Estado de Sergipe vem se destacando na produção do mel de abelha. No ano de 2019, por exemplo, a produção de mel  chegou a cerca de 300 toneladas. O mel em Sergipe tem boa produção nos municípios do alto e médio sertão sergipano. De acordo com a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A ), a atividade tem transformado a realidade de várias famílias, especialmente no município de Brejo Grande, onde a produção chegou a mais de três toneladas por ano.

Concentrada no povoado ‘Brejão dos Negros’, a produção de pólen se tornou referência, graças a seu sabor adocicado e por sua coloração clara. Oriundo das palmáceas de coqueiros, o pólen cultivado na região atrai compradores de vários Estados e gera renda para mais de 20 famílias no povoado.

Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, dentre outros, têm comprado o pólen sergipano principalmente pela qualidade e conservação das propriedades do produto.  A produção contempla outras cidades sergipanas como Poço Verde, Porto da Folha, Poço Redondo, Glória, além de Japaratuba, Aquidabã, Propriá, Neópolis, Japoatã, entre outros. 

Reconhecimento

Diante da importância da produção do mel de abelha para a população dos municípios, e do fortalecimento da apicultura no Estado, a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) aprovou a Lei Estadual de nº 7.494/2012, que concedeu à Associação Brejograndense de Criadores de Abelhas e Artesões (Abeca), localizada próximo às margens do rio São Francisco, o diploma de ‘Utilidade Pública’

Meliponicultura

Embora a abelha tenha sua imagem quase sempre associada ao ferrão, o Brasil possui cerca de 244 espécies nativas polinizadoras que não possuem o ferrão. São justamente essas abelhas que têm conquistado maior espaço nas cidades desde o início da pandemia em 2020.

A meliponicultura, o cultivo das abelhas sem ferrão, é um conceito que existe há mais de 50 anos, mas começou a ganhar maior visibilidade por meio de ações voltadas a espaços urbanos que pregam a sustentabilidade e  a conscientização sobre o valor destes insetos. Segundo o geneticista, agrônomo e ex-professor na Universidade de São Paulo, Warwick Kerr, falecido em 2018, os insetos nativos sem ferrão são responsáveis pela polinização de até 90% das espécies da Mata Atlântica.

 

Foto: imagem ilustrativa Pixabay

Com informações da A.B.E.L.H.A

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