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Sergipe comemora um ano de vacinação com mais de três milhões de doses

Por Aldaci de Souza

Nesta quarta-feira, 19, a campanha de vacinação contra a Covid-19 está completando um ano com mais de 3 milhões, 621 mil doses aplicadas em Sergipe. A data foi lembrada pelas Secretarias de Estado e municipais de Saúde, com o lançamento de uma nova campanha: #FamiliaVacinada, durante coletiva de imprensa no auditório da SES, em Aracaju. O objetivo é conscientizar a população da necessidade de completar o ciclo vacinal e de imunizar as crianças de 5 a 11 anos. Na Assembleia Legislativa de Sergipe, a deputada Goretti Reis (PSD), que é enfermeira e membro da Comissão Nacional de Acompanhamento da Vacinação (Conav), criada pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais – UNALE, destacou a importância da vacinação no combate à pandemia.

Goretti Reis diz que há sim o que comemorar em um ano de vacinação

De acordo com a deputada, após um ano de iniciado o tão esperado processo de vacinação contra a Covid-19, a população brasileira, em especial a sergipana, tem sim o que comemorar. “Basta olhar o resultado tão expressivo na redução da doença, principalmente no número de mortes. Infelizmente, perdemos muitas pessoas e agora podemos evitar que mais pessoas morram; para isso é preciso completar o ciclo da vacinação, o mais rápido possível. Vacina tem. Aproveito a data e apelo para que todos se vacinem. Como enfermeira, sei da importância desse imunizante em nossas vidas. O Brasil é um país com excelentes resultados em cobertura vacinal para diversas doenças, inclusive, algumas já erradicadas”, enfatiza.

Como membro da Comissão Nacional de Acompanhamento da Vacinação (Conav), criada pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais – UNALE,  Goretti Reis vem atuando intensamente na busca pela vacina para todos. “Parabenizo aos que se empenharam para que a vacina estivesse disponível. O produto está aí, cabe a cada um a consciência sobre a importância de ficar imune à Covid-19. Sergipe merece nossos aplausos pelas mais de três milhões, seiscentas e vinte e uma mil doses aplicadas e pela campanha: #FamiliaVacinada, visando conscientizar a população da necessidade de completar o ciclo vacinal e imunizar as crianças de 5 a 11 anos. É preciso lembrar que a pandemia não acabou e os cuidados devem continuar: uso de máscara, álcool e higienização constante das mãos. Vamos juntos vencer a pandemia. Vacinem-se!”, destaca.

Casos em Sergipe

Secretária apresentou o cenário da pandemia em Sergipe

Na coletiva de imprensa, a secretária de estado da Saúde, Mércia Feitosa, disse que a vacinação é a arma contra a doença e a esperança de tempos melhores. “Hoje estamos completando um ano da campanha de vacinação em Sergipe; é um marco pra gente estarmos trazendo os avanços em todo estado.  Em 2020 nós tivemos 112 mil e 35 casos, em 2021 tivemos uma onda de maior intensidade, com 166 mil e 25 casos e em 2022 até o dia de ontem, temos 2 mil e 58 casos confirmados de Covid-19.  Os óbitos apresentaram o mesmo cenário com um impacto em 2021 e em 2022 nós já temos, dez óbitos acumulados, após diversas semanas zero óbito”, explica acrescentando que a taxa de ocupação nos hospitais este ano até o dia 16 de janeiro é de 36.

Mércia Feitosa destacou a necessidade de todas as famílias se vacinarem

A secretária ressaltou que um dos principais desafios contra a pandemia do novo coronavírus, é fazer com que a população compreenda a importância de tomar a segunda dose e o reforço para completar o ciclo vacinal e de não deixar de imunizar as crianças, cuja campanha já teve início. “Um ano após a campanha, a gente chega com primeira dose vacinada de uma população total de 74%; de segunda dose, 68% e reforço, 11%. De 12 a 17 anos, nós já vacinamos 87.5% na primeira dose e na segunda dose, 59.1%”.  Até ontem, foram vacinadas 762 crianças. A vacina possui dois objetivos: reduzir casos graves, internações e óbitos e ela vem alcançando os seus objetivos com a ampliação da cobertura vacinal, com a redução das internações e queda no número de óbitos”, observa.

Família Vacinada

Waneska Barbosa falou sobre o trabalho de conscientização nos bairros

Mércia Feitosa falou sobre a Campanha Família Unida, que tem por objetivo estimular a população quanto à necessidade de imunizar todos os componentes familiares, de todas as idades. “A gente tem 85 mil e 80 pessoas (cerca de 5%) com 18 anos a mais que não receberam nem a primeira dose da vacina; 27 mil 379, de 12 a 17 que não receberam (em torno de 12.5%) dessa população e cerca de 242 mil, 137 pessoas de 5 a 11 anos a serem vacinadas. Para a segunda dose é o nosso maior desafio porque mesmo com a redução do intervalo entre as doses, temos cerca de 213 mil pessoas que ainda não fizeram a segunda dose. Vamos ter que resgatar essas pessoas, inclusive adolescentes que já deviam ter sido vacinados”, lamenta alertando que os óbitos estão sendo registrados em pessoas não vacinadas.

A enfermeira Sônia Aparecida Damásio foi a primeira pessoa a ser vacinada em Sergipe (Foto: SES)

“Quando a gente diz #FamíliaVacinada é porque chegamos nos miudinhos. Esse é o nosso grande desafio, a exemplo da conscientização. Como sanitarista eu sempre digo que o maior desafio é conscientizar e a pandemia tem um viés que temos que pensar coletivamente, tomando todos os cuidados individuais, como vacina, utilização de máscara, álcool gel e distanciamento. O grande mote é retomar essas ações. Todo o planejamento da Secretaria é para ter novas ações junto aos municípios, evitando impacto na rede hospitalar”, afirma agradecendo a atuação dos trabalhadores de saúde que estão na linha de frente, classificando-os como abnegados e da imprensa pelo trabalho de informação e orientação no combate à doença.

CoronaVac foi o primeiro imunizante a ser aplicado no estado (Foto: SES)

Sobre a variante Ômicron, a secretária garantiu não existir nenhum caso confirmado por meio de laboratório em Sergipe. “Até o dia de ontem não temos nenhum caso confirmado. Tem sido confirmada a positividade dos testes do SARS – Cov-2, que detectam a presença do coronavírus, mas nenhuma confirmação da variante. A nossa expectativa é de que a exemplo da Delta, a Ômicron não cause danos à população, caso seja detectada”, diz.

A secretária de Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa complementou que as pessoas precisam se convencer da importância da vacinação. “Nós estamos fazendo um trabalho de conscientização nos bairros, semana passada estivemos de rua em rua no bairro Santa Maria, anunciando que o carro da vacina está passando e essa semana estamos no Centro e bairros das redondezas. Estamos todos os dias criando estratégias para que as pessoas possam realmente se convencer da importância da vacinação e que precisam tomar mais de uma dose, com um reforço. Temos esse desafio de ir atrás das pessoas e mostrar que precisam estar protegidas. Em Aracaju, cerca de 40 mil pessoas ainda não apareceram para tomar vacina nenhuma”, lamenta.

Relembre

Crianças e adolescentes recebem doses de Pfizer (Foto: SES)

No dia 19 de janeiro de 2021, a enfermeira do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho, Sônia Aparecida Damásio, foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no estado, seguida por nove profissionais de saúde que estavam atuando na linha de frente combatendo a pandemia. O ato foi comemorado pelo presidente da Alese, deputado Luciano Bispo e demais deputados. 

As primeiras doses que chegaram a Sergipe através do Ministério da Saúde, foram da vacina CoronaVac, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e produzida pelo Instituto Butantan, priorizando trabalhadores da Saúde e idosos.  Depois os imunizantes AstraZeneca, Pfizer e Janssen foram incluídos na vacinação, contemplando indígenas aldeados, pessoas em situação de rua, trabalhadores da educação superior, quilombolas, pessoas com deficiência permanente, lactantes, gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades, trabalhadores do transporte aéreo, das forças de segurança armada, de limpeza urbana e do transporte coletivo.

A campanha de vacinação seguiu imunizando a população sergipana por faixa etária, começando pelos mais idosos até os pré-adolescentes de 12 anos. Em janeiro de 2022, houve a introdução de mais um grupo, formado por crianças de 5 a 11 anos, iniciando por aquelas que têm alguma comorbidade ou deficiência permanente (auditiva, visual, motora ou mental).

Fotos: Joel Luiz

 

 

 

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