Por Wênia Bandeira – Rede Alese
A secretária de estado de saúde, Mércia Feitosa, deu detalhes do atendimento que está sendo feito às pessoas com Corona Vírus e também com outras doenças no sistema público de saúde. As informações foram passadas durante videoconferência realizada nesta quarta-feira, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).
Respondendo a questionamentos do deputado iran Barbosa (PT), Mércia Feitosa afirmou que os pacientes são monitorados desde a suspeita de estar com vírus. Segundo ela, mesmo os que estão cumprindo quarentena em casa são acompanhados pela secretaria.
“No dia que esse paciente tiver qualquer sintoma, ele vai ser monitorado. Nessa avaliação se ele tem o diagnóstico ele vai ser referenciado para um leito Covid. No atendimento ele vai proceder todos os exames, toda a avaliação clínica, se tem outras comorbidades porque todo esse perfil é que vai facilitar o encaminhamento dele para qual leito específico”, explicou.
Mércia falou que após referenciar estes primeiros sintomas, o paciente começa o isolamento e a qualquer piora ou novo sintoma ele pode procurar os hospitais. A secretária de saúde informou que já solicitou novos estudos para saber qual o número de pessoas internadas por setor de trabalho.
“Essa informação não está no sistema de informação e colocamos uma equipe para dialogar com todos os pacientes para saber qual sua categoria. Não é só profissionais de saúde que precisamos acompanhar, há outras áreas, como motoboi, porteiro ou diarista. Assim vamos saber essa circulação da doença”, disse. De acordo com Mércia, mais de 800 profissionais de saúde testaram positivo para o Corona.
Ocupação de leitos
Mércia falou que em todos os hospitais estaduais, tem uma flutuação de ocupação mas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “As vezes eu tenho dez pacientes, já cheguei a ter 15 pacientes. Hoje eu tenho leitos vagos de UTI”, declarou.
O tempo médio de permanência na UTI foi solicitado à equipe de pesquisa nesta terça-feira. Segundo a secretária, há pacientes que passam apenas um dia na UTI e vai a óbito. O maior tempo que um paciente já ocupou um leito foi 47 dias.
“Temos uma média de permanência de 14 dias nas UTIs. Nós solicitamos também o número de alta e de óbitos e há planejamento para colocar esses números nos relatórios, porque as pessoas acham que só sai da UTI em óbito e há também altas”, declarou Mércia Feitosa.
O estado conta ainda com seis leitos pediátricos de UTI no Nossa Senhora de Lourdes e um leito no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). Mais cinco leitos estão sendo abertos no HUSE.
Foto: Júnior Ventura