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Safra do milho em Sergipe estima produção de 800 mil toneladas em 2020

Por Assessoria do Parlamentar

‘Agricultura: impactos e ações em 2020’ foi o tema da live promovida pelo deputado estadual Zezinho Sobral (Pode) com a participação de Ivan Sobral, presidente do Sistema Faese/Senar. Durante o debate virtual com a participação dos internautas, eles fizeram um panorama da atividade agrosilvopastoril em Sergipe este ano, especialmente durante a pandemia do coronavírus.

“A economia durante a pandemia é um assunto que deve ser tratado com um olhar diferenciado. Infelizmente, já começamos a ter o fechamento de algumas atividades. Entretanto, percebemos que a atividade agropecuária será responsável pelo saldo positivo da balança comercial no Brasil, mais uma vez, neste ano de 2020. Isso significa que vendemos mais do que compramos, trazendo riqueza para o nosso povo e esperança para a nossa economia”, destacou Zezinho Sobral.

Ivan Sobral fez uma análise do comportamento da agricultura em 2020 em Sergipe e, na opinião do presidente do Sistema Faese/Senar, o agronegócio reforça o seu papel na economia e traz grandes perspectivas para Sergipe. “Neste momento de pandemia, o agro tem dando sustentação e segurança alimentar em um período de tanta dificuldade enfrentada pela população, e segurança na economia, fortalecendo a balança comercial, tendo em vista que outros setores estão em uma decrescente muito grande. O agro desempenha essa função de equilibrar a economia. O agro tem segurado o Brasil”, ressaltou Ivan Sobral, destacando a relevância do setor no pós-pandemia.

Zezinho e Ivan Sobral

“Enxergamos que a economia vai depender muito do agro, tendo em vista que as atividades do agro estão ‘normalizadas’ justamente para garantir a segurança alimentar. Em Sergipe, tem crescido cada vez mais a importância do agro no PIB e no desenvolvimento. Estamos em uma janela de plantio do milho (de abril ao final de junho) que representa muito para a economia. Este ano, temos 180 mil hectares plantados. 90% da safra já está plantada, com índices pluviométricos satisfatórios, e expectativa de crescimento e aumento da produção, algo em torno de 800 mil toneladas para 2020. A estimativa de Valor Bruto de Produção (VBP) do milho é de R$ 540 milhões para este ano em Sergipe, um dos maiores índices. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem uma expectativa de aumento de 5% do território plantado de milho”, pontuou.

De acordo com o presidente da Faese/Senar, a agricultura sergipana promete boas novas para 2020 e os números são promissores para outras vertentes. “Após a colheita, boa parte da produção fica no mercado interno. Dados da Faese mostram que 150 mil toneladas de milho são absorvidas e o que é superavitário é colocado em outras praças. Temos grande expectativa de produção de leite, tanto para o mercado interno quanto externo. A produção de laranja também terá saldo positivo este ano, com expectativa para VBP de R$ 313 milhões. A safra da cana-de-açúcar também promete bons resultados”, sinaliza Ivan Sobral.

Durante a live, Zezinho Sobral observou que o milho passou a ser uma das culturas com maior representatividade financeira em Sergipe, com aproximadamente seis mil produtores pelo estado. Na opinião do parlamentar, o milho é um produto democrático e de grande aceitabilidade no mercado, o que proporciona distribuição de renda. O agronegócio, segundo ele, é bastante acessível ao pequeno e médio produtor.

“Estivemos em Frei Paulo no ano passado para assinar o decreto da redução da alíquota do ICMS do milho para a exportação, fruto da reivindicação dos produtores rurais e da Faese. O Governo do Estado foi sensível ao pleito. A redução da alíquota para 2% tornou Sergipe competitivo no mercado do Nordeste, tendo em vista que outros estados já tinham reduzido. Isso implica no aumento significativo da área plantada, na perspectiva fiscal de ganho positivo para o produtor, a competitividade no mercado, além do impacto positivo na arrecadação do Estado. O milho tem importância social, aplicada às novas tecnologias”, recordou Zezinho Sobral, destacando também a importância da laranja para Sergipe.

“As expectativas para a laranja também são grandes agora em 2020. O pequeno produtor está voltando a plantar. Estive em Boquim e observei que os pequenos sítios estão voltando a investir. O grande regulador de mercado é preço. A laranja está recuperando seu espaço e muita gente tem voltado a investir. O suco contribui pela balança comercial, mas a produção e comercialização da laranja em Sergipe tem um novo ânimo em virtude dos preços”, complementou o deputado.

Zezinho e Ivan também comentaram sobre o mercado e a bacia leiteira de Sergipe. Para o presidente do Senar, nosso estado possui grandes plantas, grandes laticínios que são referência em todo o país e temos uma boa receptação. “Sergipe produz hoje algo em torno de um milhão de litros de leite e vem se destacando na produção de leite, na inserção de tecnologia na produção rural. O produtor rural tem aceitado cada vez mais a assistência técnica e tem se destacado também no melhoramento genético de rebanho. O preço do leite teve uma queda, o consumo foi afetado. Mas temos tudo para fazer essa escalada novamente e resgatar o preço digno para os nossos produtores. O leite é o terceiro maior VBP com R$ 259 milhões estimados para 2020, o que demonstra a importância dessa atividade para Sergipe”, pontuou Ivan.

“Temos que incentivar sempre a agricultura familiar. Temos uma produção significativa de leite em Sergipe, com grandes laticínios. Houve um ajuste fiscal no preço do leite que promoveu equilíbrio e deu permissão às indústrias sergipanas para competir com outros estados, criando um ambiente propício ao crescimento e desenvolvimento. Sergipe também possui produtores com produção de 50 litros, 60 litros, 200 litros. O pequeno produtor, hoje, tem acesso ao mercado justo”, reforçou o deputado.

Zezinho Sobral questionou a Ivan Sobral sobre a Lei que regulamenta a produção e a comercialização dos queijos artesanais em Sergipe, a Lei das Queijarias, sancionada no ano passado. Através dela, é possível regulamentar a fiscalização da produção de queijos artesanais, permitindo a ampliação da oferta e a comercialização fora de Sergipe, obedecendo regras, fortalecendo o mercado, incentivando a produção e agregando renda aos pequenos produtores. Sergipe foi o quarto estado do Brasil que regulamentou as queijarias artesanais. O diferencial é que a Lei sergipana envolve todas as 250 queijarias, com licenciamento diferenciado e exigências mais adequadas, mantendo a identidade do queijo local.

Presidente do Sistema Faese/Senar, Ivan Sobral

Ivan informou que o Senar vem fazendo a capacitação das pequenas agroindústrias, profissionalizando o pequeno produtor. “Estamos a pleno vapor na assistência técnica aos produtores sergipanos, porém tivemos a cautela nessa pandemia. Voltamos no dia 01 de junho. Atualmente, temos 60 vagas dedicadas às agroindústrias e trabalhamos a parte técnica e gerencial. Os pequenos produtores são importantes para equilibrar o preço do leite. A Lei das Queijarias é muito importante e vem fazendo a diferença na regulamentação das pequenas plantas para que obtenham o selo, aprimorem a produção e ampliem a comercialização”, afirmou Ivan Sobral.

Outro assunto abordado na live foi a tradição da Casa de Farinha. Com o objetivo de valorizar e proteger o produtor, o deputado estadual Zezinho Sobral apresentou um Projeto de Lei que declara como Patrimônio Cultural e Imaterial de Sergipe a Casa de Farinha e o processo de produção desde o plantio da mandioca, em tramitação na Assembleia Legislativa. “A Casa de Farinha é base da agricultura familiar e da alimentação do nosso povo. Todo o processo de produção é familiar. A Casa de Farinha proporciona um produto responsável pelo sustento e a sobrevivência de muitas famílias em todas as regiões”, afirmou. O parlamentar citou ações de fiscalização e exigências que não condizem com o porte pequeno e a característica familiar das casas de farinha e solicitou ao Senar contribuição para atender e proteger a atividade tradicional.

O presidente do Senar se mostrou sensibilizado com o pleito e lembrou que praticamente todos os municípios produzem farinha. “Ela é um grande patrimônio do estado de Sergipe e tem que ser tratada como tal, assim como a mandioca que tem um número de produção muito relevante e somos referência. Além dessa importância social e econômica, há o aspecto cultural da produção de farinha. Diante desse pedido, podemos buscar em nosso calendário para oferecer assistência técnica e acompanhamento às Casa de Farinhas, pois sabemos a importância dessa atividade para nosso estado”, respondeu Ivan Sobral.

Sobre perspectivas para o segundo semestre do ano, tanto Zezinho Sobral quanto Ivan Sobral afirmam que são grandes as esperanças para o agronegócio e o homem do campo sergipano. “Boas notícias para o milho, teremos uma boa produção de leite e a laranja está se restabelecendo em algumas regiões. A cana-de-açúcar também tem expectativas positivas. Temos tudo para ter uma grande safra, mesmo em meio a pandemia. Acredito que teremos dias melhores. O agro será importante para a retomada da economia”, disse Ivan Sobral.

O deputado Zezinho Sobral concluiu a conversa reforçando a importância da agro para a economia e segurança alimentar da população. “A agricultura é alimenta o Brasil. É o campo que abastece a cidade. Em Sergipe, temos 100 mil agricultores familiares, um dado impressionante para um estado do tamanho do nosso. Defenderei sempre essa bandeira porque sei o quanto ela é importante para o desenvolvimento de Sergipe”, destacou o parlamentar.

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