O deputado Chico do Correio (PT) fez uma avaliação positiva dos dois primeiros anos de seu mandato. Ele destacou o trabalho realizado em prol do abastecimento de água em todo o estado, principalmente no sertão.
O parlamentar lembrou que se posicionou contra o contrato de Parceria Público-Privada firmado entre a empresa de abastecimento de água Deso e a Iguá Saneamento, mas torce para que os serviços sejam bem prestados.
“Eu particularmente acho que o Governo tem capacidade de gerenciá-la, mas fui voto vencido, desejo que essa importante mudança através da Deso com a nova empresa possa funcionar e a água possa chegar a contento. Esse foi um tema recorrente do nosso mandato, não dá pra gente morar no estado de Sergipe, às margens do Rio São Francisco literalmente, e não ter água encanada em todas as residências nas cidades e principalmente no interior, olhe que nós temos povoados, pequenas comunidades, em Porto da Folha, Poço Redondo, Canindé, Gararu, às margens do Rio e não têm água, tem gente que está a 800 metros de uma rede de água e ninguém nunca tomou nenhuma providência, como também tem desses problemas no centro-sul e no sul do estado. Eu visitei Salgado e encontrei uma comunidade que tem 50 famílias e que não tem água encanada, estando a 2800 metros. Eu coloquei toda emenda não impositiva para a aquisição de rede de água e vou distribuir agora entre janeiro e fevereiro, o equivalente a 120 a 150 quilômentros de rede de água para essas pequenas comunidades em parceria com a prefeitura, eu levo a matéria-prima que são os tubos e a prefeitura entra na parceria, escava e instala água para todo mundo”, afirmou.
Ele falou que a expectativa é que a empresa realize a fiscalização necessária para evitar a perda de água. O deputado explicou que apenas metade do que sai para entrega chega às torneiras dos moradores.
“Nós temos uma perda de água irreparável, metade do que a Deso trata e entrega para a população não chega pra população. Um exemplo: a Deso trata e entrega para a população quatro milhões de metros cúbicos, principalmente no verão, dois milhões não chega lá, de alguma forma, pelo meio do caminho, ela se perde e isso não é lógico. Portanto, a empresa que vai tomar conta agora vai cuidar do mais importante que é a fiscalização”, acrescentou.
Além disso, Chico do Correio citou outros trabalhos realizados durante estes dois anos por seu mandato. Ele afirmou que o seu objetivo é fazer com que os serviços sejam prestados em todas as áreas para a população.
“O nosso papel aqui, durante esses dois anos, foi votar nos projetos que ajudam a população, que favorecem a população, como é o caso de empréstimo para o Governo do Estado ter dinheiro para construir, para reformar, implantar ou asfaltar novas rodovias, corrigir as já existentes, para a construção da adutora do leite, enfim, tudo o que foi de bom para a população, nós estivemos ao lado do Governo e aquilo que nós entendemos que não era correto, como foi o caso, por exemplo, da PPP com a Deso. Pelo fato de eu já ter passado pelo Executivo, porque fui prefeito durante oito anos, eu conheço muito bem como é o Executivo, então a gente tem uma facilidade maior. Eu entendo política como canal de diálogo, então independente de eu estar aqui na bancada de oposição, eu tenho um ótimo relacionamento com o Governo, às vezes a gente fica ansioso porque quando você já foi Executivo, você tem vontade de fazer, mas você tem que pedir, que sugerir. O nosso mandato tratou de todos os temas, sobre educação e saúde, como o Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória, que atenda o médio e alto sertão. Nós colocamos nossas emendas para o Hospital Santa Isabel, para o Hospital de Cirurgia, para as fundações e as associações que cuidam de quem tem câncer. Nós colocamos recursos para o Hospital de Amor, de Lagarto, que é um hospital que vai tratar quem tem câncer. Colocamos recursos também para o esporte e para o lazer, como é o caso do Raid da Amizade de Nossa Senhora da Glória, que é a maior cavalgada do Norte e Nordeste, que trata desse tema tão importante que é a cultura da cavalgada, até porque o Brasil foi colonizado em cima do lombo dos animais, os tropeiros”, falou.
Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese