O mais novo presidente da Confederação Brasileira de Vôlei Para Deficientes, o sergipano Ângelo Alves Neto, participou na manhã desta quinta-feira (21), na Assembleia Legislativa de Sergipe, da audiência pública que destacou o Dia de Luta das Pessoas com Deficiência. A iniciativa foi da deputada Goretti Reis (PMDB), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Mulheres.
Na ocasião, Ângelo iniciou sua fala com um breve resumo sobre sua deficiência ainda criança. “Quero inicialmente falar da minha superação. Eu fui acometido pelo vírus da pólio aos dois anos de idade e só consegui ir para a escola aos 8 anos, mesmo assim, a minha mãe me deixava na sala de aula e depois me pegava”.
Em seguida, o presidente revelou a caminhada para superar os obstáculos e as dificuldades. “ À época, não existia escola especializada e nem com acessibilidade. A minha luta começou bem cedo e mesmo assim a minha mãe não desistiu. Fui à escola mais tarde, mas, mesmo assim, consegui me formar em Ciências Contábeis, passei no concurso público de escrivão de polícia e em seguida me formei em direito. Tive vários obstáculos e consegui superar”.
Após os breves comentários sobre o seu lado pessoal com a deficiência, Ângelo se pronunciou sobre sua participação no vôlei e no paralímpico da modalidade. Além de falar sobre a evolução do esporte. “Já no esporte, em 2016, eu joguei em São Paulo no Centro Integrado de Esportes Paratleta. O voleibol paralímpico é novo, mas já conseguiu alcançar o topo da classe. No ano passado, o Brasil no masculino ficou em quarto lugar e o feminino subiu ao pódio, com medalha de bronze”.
Por fim, o presidente comentou sobre o potencial dos atletas de Sergipe. “Mesmo sem as condições, os paratletas de Sergipe podem muito mais, assim como acontece no país em que o esporte paralímpico está entre os dez primeiros colocados do mundo. Nos superamos à cada dia, seja no esporte ou na vida”.
A deputada Goretti Reis destacou a inciativa de promover a audiência, bem como sua importância. “Essa a audiência ajuda a quebrar paradigmas. A gente precisa cada vez mais chegar ás comunidades. Precisamos saber quais as dificuldades para que a gente possa avançar nas melhorias das políticas públicas”.
A coordenadora da Rede Estadual de Cuidados às pessoas com Deficiência, Alynne França Oliveira, também participou da audiência e informou que em Sergipe, está em fase de construção, na região de Lagarto, um Centro Especializado em Habilitação. “Essa é uma obra que vai atender as deficiências física, intelectual e auditiva, assim como em Propriá.
E finalizou garantindo que existem projetos futuros para a construção de Centros especializados em habilitação física e intelectual, na Grande Aracaju. “Outros municípios como Nossa Senhora do Socorro, Itabaiana e Estância também irão receber esses centros”.
Da Assessoria Parlamentar
