Por Habacuque Villacorte – Rede Alese
A Assembleia Legislativa de Sergipe promoveu, na tarde dessa terça-feira (1º), uma audiência pública proposta pelo presidente e deputado estadual Luciano Bispo (MDB) sobre a situação da prática do tiro esportivo no Estado. Na oportunidade os representantes da categoria trouxeram questionamentos sobre a falta de incentivo do poder público e pelo preconceito que existe de uma parcela da sociedade com o esporte, por conta do uso da arma de fogo.
Luciano Bispo explicou que foi procurado pelo presidente da Federação Sergipana de Tiro Esportivo, Marcelo Soares, e promoveu o evento por entender que o tiro esportivo é uma prática que é uma realidade em vários Estados e que em Sergipe não pode ser alvo de preconceito. “É uma prática que está correndo em todo mundo. Vários atletas representam o nosso País e nós já ganhamos medalhas em Olimpíadas! Nós colocamos a Alese a disposição da categoria e defendemos toda e qualquer prática esportiva”.
Em seguida, Luciano colocou ainda que o esporte tem o objetivo de educar e defendeu que é preciso quebrar alguns “tabus” no Brasil. Ele criticou a falta de investimentos do Poder Público em esportes amadores no País. “Em qualquer solenidade que a gente vá, a gente percebe as dificuldades que os atletas têm no esporte amador pela falta de incentivo. A gente cansa de ouvir histórias de atletas que venceram, que elevaram o nome do Brasil e que não tiveram apoio nenhum em sua trajetória. Enquanto países como Rússia, Cuba e Estados Unidos investem no esporte amador, o nosso País abandona. O vôlei só cresceu depois que se profissionalizou”.
Já o presidente Marcelo Soares promoveu uma pequena homenagem da Federação para algumas pessoas que se dedicaram ou aplicaram recursos ou esforços para o reconhecimento do tiro esportivo em Sergipe. “Agradeço e que isso possa ser um marco inicial para começarmos 2020 a planejar nossas ações e buscar os recursos necessários para cada vez mais elevar o esporte, além de promover a saúde. Agradeço também ao Exército brasileiro que é nosso grande parceiro. Precisamos tirar essa geração das drogas. O que falta é incentivo”.
Por sua vez, o Diretor da Escola de Gestão Penitenciária, Delmário Magalhães, falou dos desafios de tentar levantar o tiro esportivo no antigo presídio do Bairro América. “É uma honra poder fazer desse processo dentro do tiro esportivo. Infelizmente há muito preconceito no Brasil em relação às armas de fogo. Temos seis clubes vinculados e, apesar das dificuldades, temos muitas medalhas conquistadas”.
Ele valorizou a importância do Exército brasileiro para os atletas do tiro esportivo, para os colecionadores e para os que praticam a caça regulamentada. “Nossa intenção é ver o interesse das pessoas crescer cada vez mais. Fico feliz em ver onde chegamos e onde podemos chegar com esse esporte aqui em Sergipe. Esse não é um esporte barato, principalmente quando precisamos competir. Precisamos do apoio enquanto entidades representativas dos atletas. Temos atletas que disputam competições com recursos dos próprios bolsos, sem incentivo algum”.