As pessoas que estão dentro do espectro autista ainda sofrem discriminação devido à falta informação sobre o transtorno. Buscando se somar à luta contra o preconceito, o deputado estadual Luciano Pimentel fez uso do pequeno expediente nesta terça-feira, 26, para repudiar um comentário feito pela conselheira do Flamengo Marion Kaplan, na última segunda-feira, 25.
Em seu perfil no twitter, Marion demonstrou insatisfação com o apoio do clube rubro-negro aos jogadores de League of Legends (LOL), um jogo virtual que tem ganhado destaque e possui competições ao redor do mundo, utilizando o termo “autista” de forma pejorativa, ao associar o autismo a figura de alguém que “fica horas na frente de uma tela, praticando algo que não é atividade física nem cultural”. Na publicação, ela se refere aos jogadores como “nerds autistas da pior espécie”, uma frase que enfatiza um olhar de prejulgamento sobre o autismo.
Em seu pronunciamento, Pimentel frisou que atitude de Kaplan é lamentável e atinge, principalmente, as famílias dos autistas. “É inadmissível que esse tipo de comportamento esteja presente na sociedade. A forma com que essa conselheira, representante de um dos maiores times do Brasil, usa a palavra “autista” é claramente desrespeitosa e classifica a pessoa que está dentro do espectro do autismo como incapaz de realizar exercícios e socializar”, afirmou.
Frente Parlamentar
Durante a sessão, Luciano informou que está recolhendo assinaturas dos deputados e deputadas para solicitar o registro da Frente Parlamentar de Apoio e Proteção aos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
“É preciso zelar pelos interesses dos autistas e desmitificar a visão do autismo como um transtorno incapacitante. O objeto da Frente que propomos é este. Defender e garantir a efetivação dos direitos desta parcela importante e significativa da sociedade”, considerou Pimentel.
Por Ascom Parlamentar