“É preciso que o Governo do Estado tenha responsabilidade para com o povo sergipano, pois todos pagam os seus impostos e precisam ter os seus direitos preservados. É muito desrespeito e descaso com o trabalhador que dedica a vida a contribuir com o desenvolvimento de Sergipe”. O desabafo é da deputada estadual Maria Mendonça (PP) ao lamentar que, mais uma vez, a energia do perímetros irrigados de Itabaiana tenha sido suspensa por falta de pagamento à empresa concessionária.
Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira, Maria Mendonça revelou o seu desapontamento ao ser informada por irrigantes que o serviço mais uma vez havia sido suspenso. “Eu achei que essa pauta estava superada, mas infelizmente, mais uma vez a energia foi suspensa e os trabalhadores prejudicados. Não podemos mais aceitar isso. Quero registrar o meu repúdio veemente a essa situação e apelar que o Governo seja sensível, tenha compromisso e responsabilidade com o povo sergipano”, disse.
Maria destacou que nos perímetros trabalham, direta ou indiretamente, cerca de dez mil pessoas responsáveis pelo cultivo de produtos de qualidade que abastecem, além de Sergipe, parte dos Estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco. “Todos pagam os seus impostos e precisam ser respeitados”, apelou a deputada, acrescentando que, no mês passado quando da primeira suspensão do serviço, o vice-governador Belivaldo Chagas – que estava no exercício do governo – resolveu o problema.
Dias depois, no entanto, de acordo com Maria, a energia voltou a ficar pendente porque o Governo não cumpriu o que havia sido acordado. “Belivaldo Chagas, a quem quero agradecer de público pelas intervenções, tem a máxima boa vontade, mas ele é o vice-governador. O governador (Jackson Barreto) é quem tem que cumprir os seus compromissos e garantir vida digna às famílias”, afirmou.
A deputada lamentou a insensibilidade do Governo com todo o povo sergipano, especialmente com os que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento de Sergipe. “Vemos aí aposentados recebendo os seus salários fracionados, trabalhadores sem reposição das perdas inflacionárias há três anos, irrigantes com as suas produções prejudicadas. Não podemos tolerar esse tipo de coisa. Essas situações não podem perdurar”, reclamou a deputada.