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‘Papo Cabeça’: palestra sobre violência doméstica é levada para escola

Por Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese

A Assembleia Legislativa de Sergipe, através da Procuradoria da Mulher (Promualese), realizou, nesta quinta-feira (21), o programa ‘Papo Cabeça sobre a Violência contra Mulher’ para os alunos do Centro de Excelência José Rollemberg Leite. A coordenadora da Promualese, Luana Duarte, e a psicóloga Ananda Teles foram as palestrantes.

“O intuito é ser uma ação preventiva e educativa contra a violência à mulher, em que nós explicamos o que é a violência contra a mulher, sobre a Lei Maria da Penha, os tipos de violência e quais as garantias que a lei traz para que essa mulher consiga se proteger de uma situação de violência e sair dessa condição também”, explicou Luana Duarte.

A coordenadora ainda falou que identificar os diversos tipos de violência é necessário. Ela disse que as vítimas, muitas vezes, não entendem que estão sendo violentadas, por isso continuam passando pelo sofrimento causado.

“É importante que saibam o que é violência, porque a gente ainda liga muito a violência à agressão física e ela vai muito além disso. A gente explica o que é violência e tanto as meninas quanto os meninos conseguem identificar e, até mesmo, corrigir certas atitudes que levam para esse tipo de situação”, afirmou.

A diretora da Escola, Andreza Andrade, destacou a importância de falar sobre o tema. Ela disse que este é um crime praticado com frequência, mesmo com as mulheres garantindo melhor espaço na sociedade.

“É extremamente importante, principalmente em uma sociedade como a nossa que nós vemos diariamente os índices de feminicídio aumentando. Apesar de nós termos evoluído em alguns sentidos, da mulher ter conquistado diversos espaços, ela ainda é vítima desde a violência doméstica até a violência no trabalho. Falar sobre esse tema é importante principalmente para eles conseguirem identificar situações de violência contra a mulher, que muitas vezes são banalizadas ou até naturalizadas por algumas pessoas. Às vezes, nós mulheres estamos sofrendo e não conseguimos identificar que estamos sendo violentadas: os nossos corpos são muito violentados na rua quando a gente sofre uma cantada agressiva ou quando um comentário maldoso é feito a partir da roupa que se está usando. Há diversas situações que são banalizadas”, detalhou.

A diretora ainda lembrou que a campanha ‘Setembro Amarelo’, em prevenção ao suicídio, precisa ser levada em consideração neste assunto, já que muitas mulheres entram em depressão e põe suas próprias vidas em risco.

Andreza Andrade pontuou que as mulheres precisam ser mais respeitadas, ter mais liberdade para falar, agir, trabalhar, usar as roupas que quer, frequentar todos os ambientes. Por este motivo, é necessário falar sobre o assunto.

“Trazer essa informação sobre como agir, quem acionar, qual a rede de apoio que as mulheres podem contar, o que fazer em relação ao agressor, quais as medidas que podem ser tomadas. Muitas vezes, esses meninos e meninas são vítimas de violência dentro de sua própria casa e essas situações de violência reverberam na vida deles como um todo, na escola, no convívio social, então gera uma série de outros problemas de ordem psicológica muito sérios”, acrescentou.

O aluno Nestor Cunha, 18 anos, falou que a Lei Maria da Penha trouxe maior proteção para as mulheres. “É muito importante essa lei estabelecida para que a mulher tenha voz, muitas vezes a mulher tem medo de se expor, mesmo que ela esteja sendo ameaçada, violentada pelo seu marido. Essa lei faz a mulher se sentir abrigada”.

A aluna Jamile Rodrigues, 15 anos, citou as diversas formas de violência que podem ocorrer e a importância de falar sobre isso. “Com uma palestra assim, dá para entender muitas coisas, por exemplo, se a gente tiver medo, isso incentiva para a gente se abrir. E existem várias formas de violência além da física, como quando é verbal e psicológica: a primeira é quando a pessoa fica insistindo que você não presta, que você tem que fazer tudo que aquela pessoa manda e a segunda é quando fica na mente, a mulher não sabe se expressar, as vezes nem tem amigo para desabafar e pode até cometer um suicídio”.

Há ainda as violências sexual, psicológica, patrimonial e/ou moral. O programa ‘Papo Cabeça sobre a Violência contra Mulher’ foi também realizado na última terça-feira (19), na Escola Paulino Nascimento, e passará, no dia 28, pela Escola Paulo Freire, e no dia 29, pelo Centro de Excelência Gonçalo Rollemberg Leite.

Foto: Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese

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