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Pandemia: Governo de Sergipe atualiza boletim de impactos econômicos

Por Stephanie Macêdo – Rede Alese

A Secretaria do Estado da Fazenda de Sergipe (SEFAZ) vem divulgando semanalmente o Boletim de Impacto na Economia Sergipana diante dos efeitos trazidos pela Pandemia Covid-19.  Para  desenvolver estudos, a SEFAZ tem  utilizado como referência de dados à emissão de Notas Fiscais do estado. Na edição de publicação do atual boletim, publicado em 20 de abril, a avaliação foi realizada sobre setores específicos, como combustíveis, medicamentos e EPIs relacionados à prevenção ao Coronavírus, abrangendo ainda outros setores da economia. 

Na semana anterior, Boletim nº 02,  publicado em 13 de abril, (Confira aqui) a SEFAZ apresentou o comportamento dos principais segmentos da economia sergipana, e destacou a desaceleração da arrecadação em Sergipe com impactos mais fortes a partir da segunda quinzena de março, mantendo-se em queda na primeira semana de abril.

O que mudou em relação ao Boletim anterior?

Nesta edição do boletim, o nº 3, publicado em 20 de abril, (Confira aqui), constam como novidade os  dados relativos ao setor de mercearias, padarias e construção civil. A análise relativa aos combustíveis continua restrita à gasolina comum, gasolina aditivada, diesel S-10 e etanol, por serem os derivados mais utilizados, permanecendo também a análise do comportamento de medicamentos e EPIs em uma seção específica.

O secretário da Fazenda, Marcos Queiroz, explicou que no estudo sobre os impactos da economia são feitos comparativos com outros períodos, buscando desta maneira ter uma ideia de como o isolamento social e a restrição em alguns setores do comércio estão impactando a economia local.  Ressaltou que o Governo do Estado tem usado como fonte de dados para elaboração do boletim  à emissão de notas ficais que constam na base da Secretaria de Estado da Fazenda.

Supermercados e Similares

Quanto aos supermercados e similares, através da análise das Notas Fiscais de Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas, percebe-se uma queda de 23,89% nas vendas da primeira para a segunda semana de abril. A média diária passou de R$ 13.438.914,20 para R$ 10.228.776,12 entre este período. Se for feita a comparação da segunda semana de abril com a segunda de março, há uma  redução menor: cerca de 6,60%.

Ao se comparar os dezesseis primeiros dias de abril dos anos de 2019 e de 2020, há uma redução de 26,52% no volume total de emissão de NFC-e no período, já no setor de supermercados e similares essa redução foi de apenas 0,06%.

Mercearias e Padarias

Em Sergipe, tomando como base as Notas Fiscais de Consumidor Eletrônica (NFC-e), pode-se perceber que o segmento de mercearias, padarias e similares permanecem com uma média de vendas semelhante, apesar de existirem variações não tão acentuadas como em outros setores.

Restaurantes e Similares

O valores totais das NFC-e emitidas relativas a restaurantes e similares encontram-se estáveis nas três últimas semanas, com variação registrada dentro desse período menor que 1%. Porém, a queda no volume de vendas, comparando a segunda semana de abril com a primeira semana de março, é de 80,72%. Também é bastante acentuada a queda das vendas quando se comparam as duas primeiras semanas de abril de 2020 com o mesmo período de 2019, uma variação negativa de 76,52%.

Material de Construção

Entre os setores analisados, o de material de construção teve um dos comportamentos mais alternados, variando entre queda e aumento das vendas da primeira semana de março até a segunda semana de abril. Comparando-se a segunda semana de abril com a semana anterior, há uma queda de
10,79%. Se a comparação for entre a segunda semana de março e a segunda de abril a queda é mais expressiva: cerca de 58,41%.

Comparando-se as duas primeiras semanas de abril de 2019 com abril de 2020 há uma redução de 53,41%, passando o volume de vendas de R$ 23.416.144,34 para R$ 10.909.668,58.

Transporte

Baseando-se no Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), o valor movimentado com o transporte de carga na segunda semana de abril foi R$ 7,58 milhões. Na primeira semana do corrente mês, esse valor foi R$ 11,71 milhões, ou seja, houve uma redução de 35,26% no período analisado. Ao
se comparar com a segunda semana de março, cujo valor foi R$ 13,53 milhões, verifica-se a maior variação negativa do período: -43,96%.

Ao se comparar a primeira quinzena de abril de 2020 com os primeiros dias de abril de 2019, percebe-se uma diminuição de 30,86% no corrente ano. O valor comercializado foi R$ 27,91 milhões, em 2019. Em 2020 esse valor passou a ser R$ 19,30 milhões.

Variação dos Preços dos Combustíveis

De acordo com a SEFAZ,  baseando-se nas Notas Fiscais de Consumidor Eletrônicas (NFC-e) emitidas, percebe-se que o preço médio dos principais combustíveis continua em queda. Na segunda semana de abril, o preço médio dos combustíveis destacados variou -1,27%. Essa redução média foi menor que a da primeira semana desse mês: de  -1,53%.

O valor comercializado na primeira quinzena de abril de 2020 foi de R$ 135,9 milhões, valor 19,25% menor que o da última quinzena de março, que foi
de R$ 168,3 milhões. Efetuando-se a comparação com a primeira quinzena de março de 2020, cujo valor total de comercialização foi R$ 203,41 milhões, encontra-se uma queda ainda mais acentuada: 33,19%.

Já em em relação à primeira quinzena de abril de 2019, cujo valor de vendas foi de R$ 190,11 milhões, há uma redução de 28,51%.  No que se refere à quantidade dos principais combustíveis comercializada e registrada por NF-e, tem-se um volume total comercializado de 35,98 milhões de litros nas primeiras duas semanas de abril de 2020. Em relação à última quinzena de março, cujo volume total de vendas foi 44,41 milhões de litros, verifica-se uma queda de 18,98%.

Seguindo a mesma tendência do valor de comercialização, quando se comparam os primeiros dias de abril de 2020 com o mesmo período de março de 2020, que registrou 51,86 milhões de litros vendidos, encontra-se a maior redução dos períodos analisados: 30,62%.

O volume total de comercialização da primeira quinzena de abril de 2019 foi de 48,83 milhões de litros. Ao se confrontar esse valor com o verificado na primeira quinzena de abril de 2020, encontra-se uma redução de 26,32% na quantidade de combustíveis comercializada no corrente mês.

Produtos Farmacêuticos

O preço do álcool em gel 70% (unidade de 500ml) continua em altos patamares, como é perceptível
desde o início do surto. Para a primeira quinzena de abril de 2020, comparada ao mesmo período de 2019, o preço médio ainda chega a ser, em alguns dias, cerca de 5 (cinco) vezes o preço médio de 2019. Dos produtos de uso comum visando proteções sanitárias de combate ao vírus, esse é o produto com maior aumento do preço médio.

EPIs

A quantidade comprada de álcool em gel 70% (unidade de 500ml) ainda segue em alta, sendo, para o período de referência, quase 10 (dez) vezes a
quantidade comprada no mesmo período do ano passado.  É conveniente lembrar que o álcool em gel é consumido em diversos percentuais de concentração e em recipientes de tamanhos diversos. Essa análise foca somente no produto com concentração de 70% e vendidos em embalagens de 500ml.

Energia

Percebe-se que no mês de março/2020 não foram observadas variações significativas no valor total arrecadado de ICMS, mantendo-se nos mesmos patamares. Na Classe de Consumo “Residencial”  de energia, houve um acréscimo do valor referente ao ICMS de aproximadamente 6,5%, o que pode indicar uma mudança no padrão de consumo dos primeiros dias do isolamento. As leituras relativas a este período deverão ser realizadas no decorrer deste mês de abril, prevendo-se um impacto no comportamento da arrecadação no mês de maio/2020.

 

Todos esses e demais itens analisados podem ser encontrados no Boletim de Impacto da Economia de Sergipe  da SEFAZ, clique aqui e o obtenha.

 

 

 

 

 

Fotos: Pixabay

 

 

 

 

 

 

 

 

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