A desassistência médico-hospitalar dos pacientes oncológicos de Sergipe se agrava pela ausência de uma unidade especializada para o tratamento contra o câncer. Inconsistências no projeto e o impasse do Governo com o consórcio responsável pela construção do Hospital do Câncer são os obstáculos para que a obra saia do papel e o atendimento chegue à população. Esse é, segundo a deputada estadual Maria Mendonça (PSDB), apenas um dos muitos exemplos de obras inacabadas que “além do prejuízo financeiro, privam os sergipanos do acesso a serviços básicos, impactando diretamente o desenvolvimento econômico e social do Estado”.
A parlamentar, que acompanhou na noite de ontem (26) um debate sobre os prejuízos dessas obras públicas inacabadas, disse que o problema é tão grave que o Ministério Público de Contas, vinculado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), identificou 51 dos 75 municípios sergipanos enfrentando esse problema. “São 343 obras públicas paralisadas só em Sergipe, que têm um custo financeiro de mais de R$ 440 milhões. Enquanto isso, a população fica sem acesso a espaços estruturados que poderiam dispor de serviços qualificados em áreas fundamentais como educação, saúde e cultura”, comentou Maria, durante o painel promovido pelo grupo Café com Política.
A deputada citou a construção do Centro de Convenções para exemplificar outro prejuízo decorrente da paralisação de obras públicas. Segundo observou, no caso do CIC, “que deveria ter sido entregue em fevereiro do ano passado, o Estado precisou deflagrar nova licitação que deixou a construção R$ 4 milhões mais cara”. Esses recursos, salientou Maria, “também vão sair do bolso do contribuinte sergipano, mas poderiam ser destinados para outras obras”. A parlamentar defendeu maior controle social na execução das obras, “evitando irregularidades nos investimentos, além de divulgações açodadas como no lastimável episódio do Centro de Nefrologia, que foi inaugurado sem plenas condições de atender a população”.
Por, Assessoria Parlamentar