A deputada estadual Maria Mendonça (PP) ratificou o seu voto contra o Projeto de Lei, de autoria do Governo do Estado, que altera a legislação do Ipes saúde, obrigando os contribuintes e pagar por pelo menos quatro dos seus dependentes. A matéria foi aprovada nesta segunda-feira (11) por 11 votos a oito. Para ela, o Governo perdeu uma grande chance de mostrar o cunho social do Ipes Saúde e contemplar o funcionalismo que há tempos vem tendo os seus direitos elementares desrespeitados.
“O maior prejudicado com isso é o servidor do Estado que ganha salário mínimo. Importante frisar que a grande maioria está nesse patamar” disse Maria Mendonça, ressaltando que outro motivo que já justificaria o seu voto contrário à matéria é o fato de há três anos os trabalhadores, sequer, terem garantido a reposição das perdas inflacionárias. “Sem contar que só recebem salário depois do dia 10 do mês subsequente. Estou tranquila, pois tenho clareza de que não devo e não quero votar a favor de projeto que penalize o trabalhador”, argumentou.
No entender da deputada, cobrar contribuição de dependentes de quem ganha salário mínimo, é prejudicar ainda mais a classe trabalhadora que há meses vem sendo obrigada a pagar faturas com juros e multa, uma vez que os seus salários – por decisão do Governo – estão sendo pagos com considerável atraso.
Ela manteve a tese de que aprová-lo seria cortar, mais uma vez, na carne do funcionalismo, pois considera que, sobretudo, a classe trabalhadora tem sido a grande vítima de todo esse caos financeiro que se instalou no país. “Os trabalhadores perderam o seu poder aquisitivo e, ainda, ter que pagar contribuição, é inaceitável. Descontar R$ 100,00 de quem ganha pouco mais de R$ 800,00 é provocar um enorme desfalque no orçamento familiar”, destacou Maria Mendonça.
No entender de Maria, esse não é o momento oportuno para se aprovar propositura que contribui, ainda, mais para o esfacelamento do poder de compra dos trabalhadores. “Ao longo da minha história como parlamentar, sempre defendi o Ipes por compreender que é instituição extremamente importante para o funcionalismo, principalmente, para que os que não têm acesso a outros planos privados”.
Realidade do Ipes – A deputada lamentou que a mesa diretora não tivesse colocado em apreciação, Requerimento de sua autoria, sugerindo convidar o presidente do Ipes Saúde, Cristhian Oliveira para, em plenário, expor a real situação da autarquia. “Seria importante que os deputados e a sociedade conhecem as dificuldades e projetos do Ipes saúde, mas infelizmente, o nosso Requerimento – apresentado no início da atual legislatura, não foi considerado”, frisou a deputada.
Por Ascom Parlamentar Dep. Maria Mendonça – Kátia Santana