O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Francisco Gualberto (PT), ocupou a tribuna na tarde dessa segunda-feira (22), para reforçar o compromisso do Poder Executivo com a geração empregos e a atração de investimentos para Sergipe. Ele apresentou números oficiais sobre a construção da usina termoelétrica na Barra dos Coqueiros e, diante dos reclames da oposição para os riscos de diminuição dos investimentos ou até encerramento das atividades da Fafen Sergipe (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados) em Laranjeiras, ele defendeu unidade das bancadas para “salvar” os empregos em questão.
Ao fazer uso da tribuna, Guaberto rebateu um pronunciamento feito pelo líder da oposição, deputado Georgeo Passos (PTC), feito semana passada, cobrando um entendimento entre o Governo do Estado e a empresa responsável pela construção da Usina Termoelétrica, alegando que os trabalhadores sergipanos não estavam sendo priorizados na obra. “É no mínimo desinteressante para o Estado, uma empresa, por mais importante que seja, se instalar e não contratar a mão de obra local”, disse, reforçando que é comum apenas a contratação de um quadro de especialistas.
Em seguida, Gualberto disse que recebeu um telefonema do assessor especial do governo, Oliveira Júnior, lhe passando a situação de momento da usina termoelétrica. “Na reunião no Palácio, o governador e o prefeito da Barra dos Coqueiros, através do secretário, manifestaram essa preocupação no sentido que fossem privilegiados os sergipanos na obra. Não existe uma lei obrigando a empresa a contratar quem quer que seja, mas uma questão de bom senso e uma política de governo”.
“Hoje foram criados 150 empregos e 85% desses funcionários são sergipanos. Há, inclusive, uma tendência que a contratação aumente. É uma preocupação de todos nós, mas nesse caso da Barra dos Coqueiros, por enquanto, a realidade é que a contratação está atendendo os anseios de nós sergipanos”, completou Gualberto.
Georgeo Passos
Em aparte, o deputado Goergeo Passos explicou que fez um pronunciamento motivado por uma comissão com integrantes do movimento S.O.S Emprego. “Eu apenas demonstrei a nossa preocupação porque se o governo sede benefícios, nada mais justo que eles priorizem os sergipanos. Sobre a termoelétrica eu falei mediante a informação que nos passaram e que poderia chegar a 1,5 mil empregos criados”.
“Sobre a Fafen nós falamos da parada programada agora no meio do ano, durante um mês. Recebo todos os dias fotos e vídeos das manifestações deste movimento na porta da empresa impedindo o acesso dos ônibus com trabalhadores de outros Estados. Acho que nós temos que agir para ajudar os trabalhadores sergipanos. Vou repassar para eles estes dados da termoelétrica”.
Pastor Antônio
Por sua vez, o deputado Antônio dos Santos (PSC) explicou que, semana passada, sugeriu a formação de uma comissão na AL para uma audiência com os representantes da Fafen. “O que justifica o governo dar um incentivo para a empresa ser implantada. Quem está nos procurando são desempregados. Eu propus uma visita para a gente tentar resolver”.
“Existe a notícia circulando da possibilidade da Fafen parar suas atividades agora no meio do ano em definitivo. Isso gerará um desemprego muito grande no nosso Estado. Acho que é hora de darmos as mãos para ajudar a preservar os postos de trabalho. Precisamos nos somar para fazer algo, temos que ouvir e nos municiar de informações até para defender em BSB para que a Fafen não feche as atividades. Que as mudanças radicais sejam feitas mais para frente, mas não agora. Isso só vai trazer mais dificuldades para o Estado. Vamos marcar uma agenda e vamos conversar”, completou o deputado.
Unidade
Por fim, Gualberto lamentou que não existe uma lei exigindo o “encontro de contas” entre o Estado e as empresas que recebem incentivos. “Até para a gente acompanhar a proporção do benefício e da geração de empregos, dos investimentos. Sobre a Fafen o mais grave é que este governo federal a colocou em sua política de desinvestimento, ou seja, vão fazer algo com ela que não serve para Sergipe. Podem privatizar, fechar ou até sucateá-la dentro dessa política louca! Até o marco regulatório do pré-sal já foi desfeito”.
“80% do fertilizante consumido no Brasil é importado de fora porque as empresas foram privatizadas pelos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. Sobrou a Fafen Bahia e Sergipe que ainda mantem um pouco do controle do mercado. Não existe situação ou oposição para salvar os empregos de Sergipe. Estamos juntos para mostrar a importância dessa indústria para o nosso Estado”, finalizou Gualberto.
Por Agência de Notícias Alese
Foto: César de Oliveira