“A gente precisa cada dia mais conscientizar às pessoas sobre a incidência da doença congênita do coração. As doenças são classificadas em dois tipos, a que nascem com, que é a nasce da doença congênita, e aquela que adquire após o nascimento. A congênita, como órgão isolado, é a doença que mais frequente durante a gestação, de cada 100 crianças do planeta, uma tem doença do coração” ( Andée Sotero, médico e secretário Municipal de Saúde).
À convite da deputada Estadual Maria Mendonça, o médico, e secretário municipal de Saúde, André Luiz Moura Sotero, proferiu palestra na manhã desta quinta-feira, dia 01 de junho, na tribuna da Casa Legislativa, sobre Cardiopatias Congênitas. Tema chama atenção sobre a realidade de muitas famílias: 1 a cada 100 crianças nasce com alguma alteração na estrutura ou na função do coração.
A deputada Maria Mendonça (PP) é autora da Lei que instituiu o 12 de junho como Dia Estadual da Cardiopatia Congênita em Sergipe. Data é de precaução e alerta, pois, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, nascem no Brasil 28 mil crianças cardiopatas por ano. Desse total, 78% delas não têm acesso ao tratamento.
Segundo explicou em palestra o secretário André Sotero, a importância do diagnóstico precoce e o devido tratamento da cardiopatia congênita é essencial, ao que surge nas primeiras oito semanas de gestação. “Prevenção é um direito, e ninguém deve abrir mão desse direito. A ultrassom obstétrica é um exame que pode identificar o problema, exame tem quase 30 anos no Brasil, e foi trazido da Inglaterra. Porque saber antes, me perguntam até alguns médicos? Identificar antes pode mudar a vida do bebê”, frisou o médico.
Secretário ressaltou ainda que “a gente precisa cada dia mais conscientizar às pessoas sobre a incidência da doença congênita do coração. As doenças são classificadas em dois tipos, a que nascem com, que é a nasce da doença congênita, e aquela que adquire após o nascimento. A congênita, como órgão isolado, é a doença que mais frequente durante a gestação, de cada 100 crianças do planeta, uma tem doença do coração”, pontuou.
Asseverou que número é muito alto, em comparação com a doença da Tireoide, que é identificada com o Teste do Pezinho nos primeiros dias de vida do bebê. “A doença do coração é 40 a 50 vezes mais frequente. Uma grande diferença, de que metade das crianças que falecem antes do nascimento tem algum tipo de coração, metade das crianças do planeta que nascem com síndrome genética tem problema cardíaco”.
Através de dados, expôs que somente no Nordeste, 77% de bebês não conseguem a cirurgia. Já em Sergipe, equipe médica consegue realizar 12 cirurgias cardíacas no mês pelo SUS, a qual custa, em média, 12 mil reais por criança.
Participações
Evento contou com a presença de pacientes operados pela equipe que médico compõe, também, de diversos parlamentares e da imprensa do Estado.
Parlamentares, a exemplo de Antônio dos Santos, Moritos Matos, Goretti Reis e Georgeo Passos foram unânimes em salientar que exposição foi importantíssima por esclarecimentos e conhecimentos. Mediante perguntas dos parlamentares ao secretário de Saúde do município, o secretário ressaltou que “ Saúde do município passa próximo ao caos, e ressaltou que “demagogia com Saúde é crime. Estou indo às comunidades para que elas digam o que se deve ser prioridade. Quero ser acompanhado pela participação social. Saúde irá melhorar não com dinheiro do Tesouro, pois esse vai todo para pagamento de folha. Mas por conta de Emendas Parlamentares”.
Emocionada, a deputada Maria Mendonça, disse que de cardiopatia congênita ela fala com prioridade, por seu irmão ter tido o problema, e faleceu aos 21 anos. “O poder público deve garantir o Teste do Coração a todas as crianças, para que diagnostique e as crianças tenha uma vida normal. Vou lutar sempre, para que elas tenham do poder púbico uma vida digna. Através da Associação Pequenos Corações, me estimulou a promover esses projetos, para que a sociedade desperte para essa realidade que ceifa vidas”, frisou Maria.
Agência de Notícias Alese – Foto: Jadilson Simões.