O deputado Moritos Matos (PROS) nesta quarta-feira, 13, solicitou a aparte durante a fala da deputada Ana Lúcia na Assembleia Legislativa de Sergipe – Alese – para falar sobre a violência nas escolas. O parlamentar lamentou a morte da professora Ivânia Santana Souza Oliveira, 45 anos, que foi mais uma vítima da violência contra a mulher em Sergipe. Ela foi assassinada a tiros no estacionamento do Colégio Estadual Guilherme Campos, no município de Campo do Brito, na terça-feira, 12. Ela era coordenadora dessa unidade de ensino. “Parabenizo a deputada Ana por abordar este tema e vejo que a questão da violência nas escolas têm que ser tratada de forma dura, séria e com políticas que verdadeiramente atendam as necessidades dos alunos e professores”, enfatiza o deputado.
Moritos Matos aproveitou para lembrar aos parlamentares sobre o projeto de Lei nº 25/2017 que dispõe sobre equipes multidisciplinares nas escolas e colégios estaduais do Estado de Sergipe,mas que está parado na Alese. O projeto inclui psicólogos, assistente social e professor. “A ideia do projeto é justamente fazer com que essa equipe multidisciplinar nas escolas acompanhe de perto os primeiros problemas que a criança e o adolescente apresentar. Tivemos uma Audiência Pública com o Conselho Regional de Serviço Social em maio e entramos em consenso que iriamos aprovar o projeto do Conselho e eu retirava o meu se todos os deputados assinassem, mas infelizmente o projeto não andou”, lamenta o deputado.
O parlamentar acrescenta que não acredita em determinismo.“Ninguém nasce para ser marginal. Então nós, e quando falo isso me refiro também as intuições religiosas, o próprio governo, todos temos que contribuir. Se tivermos políticas públicas que verdadeiramente cuidem das nossas crianças e adolescentes, principalmente a partir das escolas. Tenho certeza que essa violência não estaria da maneira que está. Eu tenho duas irmãs que são professoras e elas trabalham assutadas, com medo, porque ensinam adolescentes de 12 a 15 anos e eles falam a todo momento que lá fora é diferente. Então é uma situação complicada”, ressalta Matos. O deputado ainda relatou a conversa que teve com um diretor de escola. “Ele disse que o problema dentro da escola é o tráfico de drogas, e ele nem pode registrar um boletim de ocorrência, porque corre o risco dele sofrer algum tipo de violência”, conta Matos.
Assessoria de Imprensa do Parlamentar
Foto: César de Oliveira