Por Assessoria Parlamentar
Foi aprovada, na sessão mista desta quarta-feira, 07, da Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE), a moção de repúdio à empresa Uber pelo fechamento do escritório em Aracaju. A moção é de autoria do deputado Rodrigo Valadares (PTB), que destacou o reconhecimento dos problemas que os motoristas enfrentam com a empresa.
“Fui procurado recentemente por diversos motoristas de aplicativo – Uber, 99 e outros – que nos relataram um total descaso dessas empresas com as solicitações e as reivindicações dos motoristas. A Frente Ampla dos Motoristas de Aplicativo está tomando à frente da luta e a gente solicita o apoio a essa nossa moção de repúdio para que a Uber venha a dialogar com os motoristas de aplicativos, são diversas demandas que os motoristas têm, como a redução de tarifas na corrida e o aumento da comissão para a Uber, tudo isso em um momento delicado de pandemia, onde o número de corridas foi reduzido e a empresa resolve fechar o escritório em Aracaju, dificultando ainda mais a comunicação com os motoristas”, lamenta.
Na oportunidade, o parlamentar solicitou ainda que, em um segundo momento, a Uber seja convocada para estar no plenário, a fim de buscar um canal de comunicação entre a empresa e os motoristas.
“Que a gente venha convocar depois a essa empresa para estar aqui no Plenário, fazendo um debate conosco e com os motoristas do aplicativo, para buscarmos um canal de comunicação, um diálogo entre as duas partes e, por fim, conseguir dar seguimento às diversas demandas da categoria”, disse.
Para ele, a ausência do dever moral de ouvir os motoristas é uma atitude vil, mesquinha e covarde, sendo necessário que a empresa se mostre disposta a corrigir as distorções do seu modelo de negócios.
“Diante da iminência de legítimos protestos desta categoria pela melhoria de suas condições de trabalho, a Uber optou por simplesmente encerrar as atividades de seu escritório em Aracaju, fechando as portas do diálogo com aqueles que são a própria razão pela qual ela existe. O pretexto invocando, o da piora das condições de saúde pública em razão da pandemia de COVID-19, nada mais é do que uma desculpa covarde e insensível de uma corporação que supõe não ter função social alguma a cumprir”, destacou no documento.
Foto: Joel Luiz