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‘Menino Amarelo’ de Saracura é apresentado no Encontro com o autor Sergipano na Elese

Da Escola do Legislativo/ Por Rosângela Dória

Quando o escritor Antônio Saracura começa a contar suas histórias de vida, a certeza é de momentos cheios de muitas risadas e de uma viagem no tempo. E assim foi em mais uma edição do ‘Projeto Encontro com o Autor Sergipano’, que reuniu leitores do autor, amigos e escritores na tarde desta quinta, 17, na biblioteca da Escola do Legislativo, para apreciar os caminhos percorridos na escrita da obra ‘Menino Amarelo’.

O livro conta com 29 contos que falam da mina de pedras de amolar, descoberta no Ceilão de Campo do Brito; do cangaceiro Mourão Mole, que se esconde nos becos sombrios de Aracaju com medo das volantes; do cachorro Lambe Loiça, experimentador de prato-feito; dos velhos católicos e dos carolas de oportunidade; dos poderes malignos da esposa e do poder sagrado do padre Pedro, que consegue trazer Jonas do além para lhe entregar a chave do Céu.  

Antônio Saracura

“Herdei as histórias de minha mãe Florita, que ficava horas me contando casos com personagens variados”, lembra o autor, sempre com emoção. Saracura é escritor tardio, começou aos 60 anos e nunca mais parou. Nasceu em Itabaiana, Sergipe, no povoado Terra Vermelha, e quem diria que um economista de formação fosse se transformar num dos maiores escritores sergipanos.

Publicou “Os Tabaréus do Sítio Saracura” (romance, 2008, 2010, 2012, 2014, 2019), “Meninos que não Queriam ser Padres” (romance, 2011, 2016), “Minha Querida Aracaju Aflita” (crônicas premiadas, 2011, 2018, pela Secretaria de Cultura de Sergipe, 2010), “Tambores da Terra Vermelha” (contos, 2013), “Os Ferreiros” (contos, 2015) e “Os Curadores de Cobra e de Gente” (romances em cordel, 2017), “Pássaros Entardecer (romance, 2019), “O Menino Amarelo” (contos, 2022). É membro da Academia Sergipana de Letras (ASL), da Academia Itabaianense de Letras (AIL) e do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGS).

Reginaldo de Jesus


Do amigo e professor de Português aposentado, Reginaldo de Jesus, Saracura ganhou um cordel feito especialmente para o encontro. “É escritor temporão esse tal de Saracura, pois só aos sessenta e três surgiu na literatura e foi com Os tabaréus que ele nos trouxe a cura”. Dos amigos escritores recebeu palavras que para ele “são melhores que troféus, medalhas e essas coisas que dão pra gente” disse com a simplicidade de quem sabe onde chegou.
 
Fotos: Joel Luiz/Agência de Notícias Alese

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