A deputada Maria Mendonça (PP) lastimou a omissão do Governo de Sergipe para com os pacientes oncológicos que estão com o tratamento interrompido no Hospital de Cirurgia. Segundo ela, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), que é a atual responsável pelo convênio com a instituição filantrópica para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), “tem sido negligente por deixar os 40 pacientes sem assistência nesses mais de 40 dias em que a máquina está quebrada”.
A parlamentar, que integra a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, recebeu um parecer da colega deputada Silvia Fontes, presidente da Comissão, apontando a ausência de previsão do Hospital de uma data concreta para retomadas dos tratamentos. “Essa falta de perspectiva angustia ainda mais o paciente que já está com sua saúde fragilizada devido a gravidade da doença”, observou Maria, ressaltando que o problema da máquina é um velho conhecido dos sergipanos. “O equipamento funciona há mais de 30 anos e já não suporta a carga de trabalho, isso não é novidade, mas nossos gestores parecem insensíveis à dor do próximo”, lamentou.
“A situação fica ainda mais delicada”, destacou Maria, “porque dois dos pacientes do Cirurgia já morreram nesse tempo de interrupção e outros estão com o quadro clínico agravado”. A deputada apoiou a deliberação da Comissão de Saúde de acionar o Ministério Público do Estado (MPE) para que responsabilize os gestores “por tamanha ingerência”. Segundo ela, só dessa forma será possível “garantir aos sergipanos aquilo que está assegurado pela Constituição Federal, uma saúde pública eficiente”.
Maria Mendonça pontuou que para os demais oncológicos do Estado, depender do Governo é um ultraje. “É humilhante para as mais de 360 pessoas que esperam pelo tratamento contra o câncer na fila do Sigal não saber quando serão atendidas e nem se a assistência será digna”, afirmou a parlamentar, ao cobrar “responsabilidade do governador Jackson Barreto para que chame o feito a ordem e ponha um fim no sofrimento das famílias que estão vendo seus entes morrerem sem o socorro devido”.
Texto e foto: Ascom Parlamentar