Por Assessoria
Deputada é autora da Lei que obriga condutor a ressarcir despesas à vítima desses acidentes
No Brasil, acidentes de trânsito matam uma pessoa a cada 15 minutos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesse cenário, um estudo divulgado no ano passado revelou que o país ocupa a quarta posição no mundo entre os que registram mais mortes por desastres de trânsito, ficando atrás apenas da China, Índia e Nigéria. A maior parte dos casos é provocada por imprudência e imperícia de condutores, na grande maioria, formada por homens.
Levantamento apresentado pelo Conselho Federal de Medicina, durante evento em Brasília, no ano passado, mostrou que em dez anos, mais de 1,6 milhão de brasileiros ficaram feridos em decorrência de incidentes no trânsito. As despesas com esses pacientes custaram R$ 3 bilhões ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“São dados estarrecedores e que nos incita a refletir sobre o nosso papel cidadão; sobre a nossa responsabilidade ao assumirmos a direção de um veículo, independente do porte”, falou a deputada estadual Maria Mendonça (PSDB), autora da Lei 8.411/2018 que obriga o condutor a ressarcir todas as despesas à vítima de acidente de trânsito, provocado por ele, quando forem constatadas situações como, imprudência, uso de álcool, substâncias entorpecentes, tóxicas ou efeito análogo no organismo humano, bem como uso de aparelho celular.
O quadro registrado no Brasil se repete na maioria dos Estados, em maior ou menor escala. Em Sergipe, por exemplo, de acordo com informações passadas pelo Hospital de Urgência João Alves Filho, nos 11 meses deste ano, mais de quatro mil pessoas se envolveram em acidentes no trânsito, sejam eles de moto, carro ou atropelamento. Desse montante, 1.150 precisaram ficar internadas e em observação para novos procedimentos, além de reavaliação, cirurgias e cuidados intensivos.
Conforme observou o superintendente do hospital, o médico Walter Pinheiro, os números vêm crescendo, impactando os setores de trauma e internações da unidade. “Como bem disse o superintendente, a prudência e a educação no trânsito, além do uso dos equipamentos de segurança são fundamentais para minimizar os casos. Precisamos ter essa clareza disso e responsabilidade, pois não podemos transformar o trânsito num campo de guerra, onde, muitas vezes, prevalecem a intolerância e o desrespeito ao cidadão”, destacou Maria Mendonça.
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