A deputada estadual Maria Mendonça (PSDB) se somou à mobilização de caminhoneiros que protestam contra a alta no preço dos combustíveis em rodovias federais de todo o país. Na sessão da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (23), Maria disse compreender a “angústia que afeta a classe diante dos abusivos aumentos do óleo diesel e da falta de uma política de preço mínimo para o frete”. Segundo a deputada, a sociedade sergipana, que “tem a cidade de Itabaiana como ‘Capital Nacional do Caminhão’ deve se unir em apoio aos caminhoneiros para exigir uma solução do Governo Federal”.
Durante a sua fala, Maria lembrou a importância estratégica dos mais de um milhão de profissionais autônomos que atuam nesse segmento. “São cidadãos que ficam fora de casa 15, 20 dias ou até um mês, dependendo do frete, sabendo que vão enfrentar pistas em condições precárias, violência e tantas outras intempéries. Os caminhoneiros são responsáveis diretos pelo transporte de 61% das cargas em território nacional, mas quase nunca são ouvidos”, lastimou a deputada, ao salientar que “as reivindicações deles não têm motivação política”.
Maria Mendonça ponderou que a crise econômica que assola o Brasil nos últimos anos ainda tem contornos dramáticos para a classe trabalhadora e, conforme destacou, “os caminhoneiros buscam soluções para questões que, na verdade, interessam aos mais de 200 milhões de brasileiros”. De acordo com a deputada, mesmo com o anúncio de redução nos preços anunciado a partir desta quarta, as medidas ainda são insuficientes diante da atual condição do trabalhador autônomo. “Em 47 dias, o óleo diesel aumentou de preço em 21%”, apontou Maria.
A deputada também considerou justa a reivindicação dos caminhoneiros por um preço mínimo para o frete. No seu entendimento, “sem o preço mínimo, o caminhoneiro se vê obrigado a colocar sua própria vida em risco se submetendo a jornadas excessivas de trabalho para conseguir sobreviver”. Maria defendeu a reformulação da política da Petrobras para reajustar os preços dos combustíveis. “Como é possível que uma Estatal genuinamente brasileira forneça combustível para países vizinhos a preços inferiores?”, questionou a parlamentar, ressaltando que além de gerar insegurança econômica, o modelo atual “inviabiliza o trabalho dos caminhoneiros que transportam o progresso do país”.
Foto: Jadilson Simões
Por Assessoria Parlamentar