No Dia em que a Lei Seca completa dez anos, nesta terça-feira (19), a deputada estadual Maria Mendonça (PSDB) defendeu iniciativas de enfrentamento à violência no trânsito que continua fazendo milhões de vítimas todos os dias. Para ela, é preciso investir na conscientização da sociedade sobre comportamentos indevidos como a combinação de álcool e direção. “As consequências são muito piores para as vítimas e seus familiares do que o incômodo que a população pode sentir quando é alertada”, afirmou.
Embora a Lei Seca tenha imposto penalidades mais severas para as infrações no trânsito, Maria ressaltou que os números atuais demonstram que ainda há muito trabalho para inibir a imprudência. “Até o mês de maio, o Detran já autuou mais de 280 motoristas alcoolizados, ou seja, todos os dias, pelo menos dois sergipanos são flagrados colocando suas vidas e a vida de terceiros em risco nas estradas”, apontou a deputada, citando ainda um estudo do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), segundo o qual, a Lei Seca teria evitado a morte de quase 41 mil pessoas entre 2008 e 2016.
Para a deputada, o desafio é promover ações mais articuladas para envolver os variados órgãos públicos no trabalho de educação para o trânsito a fim de que, “a fiscalização e a multa não sejam interpretadas apenas como mera punição”. Maria Mendonça lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima 1,9 milhão de mortes no trânsito em 2020, “se nada for feito para ensinar a sociedade quanto à conduta adequada ao volante”.
Autora da Lei que obriga o motorista que causar acidentes sob a influência de álcool a ressarcir as despesas do Estado com a assistência às vítimas, Maria Mendonça, explicou que a intenção é sensibilizar os condutores sobre os reflexos da imprudência. “Os acidentes de trânsito provocam a maioria das mortes precoces em nosso país, mas é preciso ter responsabilidade com a vida humana”, concluiu a parlamentar.
Da Assessoria da Parlamentar