Durante seu pronunciamento na Sessão Plenária desta terça-feira (19), na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), o deputado estadual Marcos Oliveira (PL) destacou temas sensíveis que impactam diretamente a população sergipana, como o fechamento de pontos de atendimento do Banese, os efeitos da gestão por Organizações Sociais (OS) na saúde pública e o programa de apoio a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), implementado no município de Itabaiana.
Marcos Oliveira iniciou sua fala chamando a atenção para o fechamento recorrente de pontos de atendimento do Banese, situação que vem afetando diversos municípios do interior do estado, especialmente aqueles que não possuem agências bancárias.
“São mais de mil famílias sergipanas impactadas. Os Pontos Banese foram criados justamente para suprir a ausência de agências, especialmente em cidades pequenas. É lamentável ver a quantidade de unidades fechando toda semana”, alertou.
O parlamentar criticou a falta de reajuste na remuneração desses pontos há mais de quatro anos, o que tem contribuído para o fechamento dos estabelecimentos. Ele solicitou atenção da direção do banco e anunciou que pretende levar o tema à Alese.
“Vamos convidar o diretor dos Pontos, Sávio, e também o diretor Aléssio Rezende, para discutir o que está sendo feito para tentar salvar esse serviço essencial à população”, afirmou.
Audiência pública sobre a atuação das Organizações Sociais na saúde
O deputado também defendeu a realização de uma audiência pública para debater os impactos da atuação das Organizações Sociais (OS) na saúde estadual, com a presença dos servidores da saúde pública e demais setores envolvidos.
“Há uma guinada em curso, com a terceirização da gestão dos hospitais estaduais pelas OS. Precisamos discutir isso antes que a medida esteja consolidada. Depois de feito, não adianta chorar o leite derramado”, destacou.
Marcos Oliveira sugeriu que o debate seja promovido pela Comissão de Saúde da Alese ou de forma autônoma, com participação ampla dos profissionais da saúde.
Apoio ao Programa “Acolher” para crianças com autismo em Itabaiana
Por fim, o parlamentar elogiou o Programa “Acolher”, iniciativa da Prefeitura de Itabaiana que garante um auxílio anual para o tratamento de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O programa assegura R$ 1.200 por ano por criança, destinados ao pagamento de consultas com neuropediatras.
“Sabemos da dificuldade de contratar esse profissional, principalmente nos municípios do interior. A Prefeitura de Itabaiana, por meio do prefeito Valmir de Francisquinho, encontrou uma solução viável para garantir o atendimento às crianças autistas”, registrou.
Segundo o deputado, o valor viabiliza pelo menos duas consultas e dois retornos anuais, permitindo que as crianças recebam acompanhamento adequado ao longo do ano. Ele defendeu que a iniciativa seja ampliada para outros municípios do estado.
“Cada vez mais aumentam os diagnósticos de TEA e, infelizmente, muitos municípios enfrentam a ausência de especialistas. O exemplo de Itabaiana deve ser seguido, pois representa um passo importante na inclusão e na saúde infantil”, concluiu.
Foto: Jadilson Simões / Agência de Notícias Alese
