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Linda Brasil se opõe à PPP da saúde de Aracaju

Por Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese

A deputada Linda Brasil (Psol) subiu à tribuna, nesta terça-feira, 28, para relatar sua preocupação quanto à Parceria Público Privada (PPP) anunciada pela Prefeitura Municipal de Aracaju. A capital firmou contrato com a iniciativa privada para gestão da saúde na cidade.

A parlamentar falou que serão investidos em torno de R$ 2 bilhões, enquanto a empresa colocará R$ 136 milhões, em contrapartida. Ela contou que participou de uma audiência pública na última sexta-feira, 24, para debater o assunto.

“Acredito que a saúde é universalidade, cuidado e prevenção, princípios que são inconciliáveis com valores do mercado privado e financeiro. Eu tenho certeza de que essa experiência não vai dar certo porque já tivemos outras experiências que não deram certo. Essa é uma forma de camuflar o projeto de privatização na saúde e a incompetência da gestão na área”, afirmou.

As declarações ocorreram durante o grande expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe.

Atentado em escola

Linda Brasil prestou solidariedade às vítimas do atentado ocorrido nesta segunda-feira, 27, na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo. Neste caso, um adolescente de 13 anos feriu algumas pessoas e matou a professora Elizabeth Terreiro, de 71 anos, usando uma faca.

A deputada lembrou que a professora se dedicou a dar aulas pois tinha a educação como um propósito de vida. Ela pontou que é preciso agir para prevenir este tipo de ação, já que a educação pode ser um agente transformador.

“É urgente somarmos esforços para garantir condições necessárias para combatermos todas as formas de violência e pautarmos uma sociedade sem violência, sem armas e que discuta a saúde mental e bullying no ambiente escolar. Bullying é um problema sério, mas não é isso que radicaliza adolescentes, o que destrói ambientes é o racismo e a misoginia estruturais”, disse.

A parlamentar falou que, na maioria das vezes, os praticantes desses crimes são homens, brancos, cis e heteros, enquanto a maior parte das vítimas é formada por mulheres. Por este motivo, é preciso melhorar a educação dada a estes agressores.

“A gente precisa refletir essa educação. Quando a gente discute as questões de gêneros da sociedade é justamente essas imposições que colocam meninos que são vítimas desse sistema. Precisamos refletir sobre essas questões de forma que a resposta não seja superficial, apontando para saídas populistas como militarização das escolas, o que criaria mais homens achando que para ter segurança e respeito tem que ter a força”, declarou.

Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese

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