A deputada Linda Brasil (Psol) subiu à Tribuna, nesta quinta-feira (8), para falar sobre os problemas enfrentados pela população que precisa de atendimento médico em diversos locais. Ela disse que recebeu denúncias sobre falta de profissionais, de medicamentos e de instrumentos em hospitais regionais e no Hospital de Urgência, em Aracaju.
“Sabemos que, sem perspectiva de mais investimento na saúde, de não-valorização dos profissionais, como a não-realização de concursos para mais médicos e demais profissionais de saúde, e sem uma gestão focada no atendimento, a população infelizmente continuará sofrendo”, afirmou.
A parlamentar citou, entre outros, a falta de garantia de estabilidade, de política de aumento salarial e de planejamento de carreira na Fundação Hospitalar de Saúde, os profissionais ficam inseguros e com problemas de saúde psicológica. Ela explicou que é provável o encerramento da Fundação em abril. A parlamentar discorreu sobre outros problemas por todo o estado.
“A despeito de existir o Opera Sergipe, temos recebido muitas reclamações e denúncias sobre não-realização de cirurgias de média e de alta complexidade e de exames como endoscopia e colonoscopia, esses diagnósticos, quando demoram, podem custar a vida dos pacientes. Então há necessidade da realização desses exames que são tão importantes e que podem salvar vidas”, acrescentou.
Em aparte, o deputado Georgeo Passos (Cidadania) citou carência de materiais para realização de cirurgias. O deputado explicou que tem recebido denúncias de pessoas que precisam passar pelo procedimento, mas estão precisando esperar.
“No Hospital Regional de Estância e outros hospitais, há a dificuldade de recebimento de materiais para cirurgias ortopédicas. Uma empresa chamada Dibron não vem fornecendo no prazo e, com isso, vem atrasando cirurgias ortopédicas em Estância e Itabaiana. é importante que a Secretaria de Estado da Saúde fique atenta a esse contrato, se for o caso, fazer a rescisão, depois da ampla defesa e contraditório, e que se contrate outra empresa”, afirmou.
As declarações ocorreram durante o grande expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe.
40 anos do MST
No pequeno expediente, Linda Brasil saldou os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) que esta semana está realizando o Congresso e faz, nesta quinta-feira, um ato político em celebração aos 40 anos, no Instituto Federal de Sergipe (IFS), em São Cristóvão.
“O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é o maior movimento social e produtor de arroz orgânico da América Latina. São 450 mil assentados e mais de 65 mil famílias acampadas. Orgulha e inspira a luta do MST pela reforma agrária popular, o enfrentamento à violência no campo e à omissão do Estado no cumprimento da Constituição Brasileira quando afirma que a terra deve ser democratizada, cumprindo sua função social de produzir, garantindo vida digna à população camponesa, alimentos saudáveis e preservação da natureza”, disse.
Fotos: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese