Por Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese
A deputada Linda Brasil (Psol) subiu à Tribuna, nesta quinta-feira (30), para falar, entre outros temas, sobre o Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado nesta sexta-feira (primeiro de dezembro). Ela lamentou a quantidade de números de casos crescente no estado.
A parlamentar visitou o Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) e disse que o local registrou 60 novos casos por mês este ano. Ela ainda alertou que algumas pessoas não recebem o tratamento em razão da grande quantidade de pacientes.
“Eu fiquei até espantada porque infelizmente essa doença é muito invisibilizada, muitas pessoas começaram a se descuidar e acabou gerando esse índice. Eu participei, na terça-feira, de uma ação e foram apresentados os dados: são mais de dez mil pessoas que são atendidas e muitas delas acabam não tendo o acesso ao tratamento devido por causa da grande procura”, afirmou.
Linda Brasil alertou para a necessidade de realização de campanhas de conscientização sobre HIV e aids para proteger a saúde das pessoas e controlar o vírus para quem já convive com o problema, já que não existe a cura. A deputada realizará uma live às 17 horas em suas redes sociais para trazer a reflexão do autocuidado e uso de preservativo.
As declarações ocorreram durante o grande expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe.
Visita a assentamento do MST
Linda Brasil também falou sobre sua visita ao assentamento Caraibas. Ela disse que conheceu o trabalho das mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Japaratuba, e informou que destinará emendas parlamentares para fortalecer a agricultura familiar.
“Eu quero ressaltar a importância dos movimentos sociais, especialmente do MST, tanto na produção de alimentos saudáveis quanto na organização da luta coletiva, e das associações para construção de luta comunitária. Lá eu conheci mulheres da associação agroindustrial Doce Lar, um grupo formado por 26 mulheres que produzem bolos, biscoitos e outras iguarias”, disse.
O assentamento tem cerca de 300 famílias. A deputada contou que o local conta com apenas uma escola com duas salas para atender os moradores, o que faz com que muitas crianças precisem se locomover para outros municípios para estudar.
Foto: Joel Luiz/Agência de Notícias Alese