A deputada estadual Linda Brasil utilizou a Tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), na manhã desta terça-feira (16), para manifestar preocupação e solidariedade aos professores da Rede Municipal de Ensino de Nossa Senhora do Socorro. A parlamentar lamentou a situação vivida pela categoria, que se posiciona contra o Projeto de Lei nº 161/2025, aprovado pelo Legislativo municipal, e que reivindicam uma audiência com a secretária municipal de Educação, Adriana Carvalho, para discutir a revisão salarial.
De acordo com Linda Brasil, o projeto encaminhado à Câmara pelo prefeito de Socorro, Samuel Carvalho, representa um grave ataque aos direitos históricos do magistério municipal. A deputada destacou que a proposta foi aprovada no último dia 11 de dezembro sem diálogo com a categoria.
A parlamentar denunciou que o conteúdo do projeto prevê medidas consideradas prejudiciais aos professores, como a redução do piso salarial, possibilitando o pagamento abaixo do estabelecido pela Lei Federal e os congelamentos do triênio, que reconhece o tempo de serviço; da regência de classe; do terço de atividade extraclasse; além do rebaixamento ou supressão de gratificações conquistadas ao longo de mais de 15 anos de luta da categoria.
Linda Brasil também criticou a autorização para que o prefeito e a secretária municipal de Educação definam, por decreto, aspectos centrais da carreira docente, o que, segundo ela, abre margem para perseguições políticas e insegurança profissional.
Durante o pronunciamento, a deputada lembrou ainda que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) cobra há anos melhorias nos índices educacionais do município e busca diálogo com gestores públicos. Para Linda Brasil, o prefeito deve abrir uma mesa de negociação com os professores, em vez de atacar uma categoria organizada que luta por direitos legítimos.
Entre outros temas abordados foi a situação do abastecimento de água em Aracaju e na região metropolitana. A deputada classificou como gravíssima a recorrente suspensão do serviço, que atinge dezenas de bairros e afeta milhares de famílias, principalmente nas áreas mais vulnerabilizadas. Ela criticou o modelo de gestão privada e informou que seu mandato tem cobrado explicações, acionado órgãos de controle e exigido responsabilidades para garantir o direito humano básico ao acesso à água de forma contínua e de qualidade.
Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese
