A deputada estadual Linda Brasil (Psol) utilizou a Tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), nesta quarta-feira (12), para falar sobre o atraso salarial no pagamento dos servidores da rede estadual de saúde. Segundo a parlamentar, diversos profissionais estão sem receber salários desde o mês de setembro.
“A Secretaria de Estado da Saúde informou que ainda não há previsão para a regularização dos pagamentos, uma vez que não existe dotação orçamentária disponível no momento. Essa situação evidencia a grave crise enfrentada pelos profissionais da saúde pública estadual, que continuam desempenhando suas funções mesmo diante da privatização, do sucateamento e da falta de condições financeiras. O Sindicato dos Médicos reforça que a valorização dos médicos e o cumprimento das obrigações salariais são fundamentais para garantir o funcionamento dos serviços e o atendimento à população sergipana”, destacou.
Reivindicação por hospital neurodivergente
Linda Brasil também mencionou a manifestação realizada por moradores dos bairros Lamarão, Japãozinho e Santa Maria, em Aracaju, que reivindicam a construção de um hospital voltado para pessoas neurodivergentes. O grupo ocupou, na terça-feira (11), o Centro Administrativo da Prefeitura de Aracaju, solicitando, à prefeita Emília Corrêa (PL), a viabilidade do projeto.
“São pais, familiares e pessoas que lutam por dignidade, saúde e respeito. Eles reivindicam a implantação de um hospital neurodivergente e outras pautas essenciais para as famílias atípicas da nossa cidade. Estão se manifestando de forma pacífica, exigindo um direito legítimo: serem ouvidos diretamente pela prefeita”, afirmou.
A parlamentar acrescentou que os manifestantes já haviam se reunido anteriormente com secretários municipais, mas que as promessas feitas não foram cumpridas. “De acordo com uma das lideranças do movimento, já ocorreram duas reuniões com a prefeita, que encaminhou as demandas aos secretários, mas nada foi resolvido. É o mesmo cenário que vemos no Estado, o governador (Fábio Mitidieri) e a prefeita fazem promessas, mas as soluções não chegam. Essas famílias pedem o básico: políticas públicas permanentes de cuidado e inclusão. A luta dessas comunidades é justa e profundamente humana. Saúde, inclusão e respeito não podem esperar”, concluiu a deputada.
Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese
