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Líder do governo fala da escola sem partido

Nesta manhã, 03, em entrevista a uma emissora de rádio da capital sergipana, o líder do governo da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Francisco Gualberto (PT) falou que nas eleições para presidente, professores votaram em Bolsanaro.  Parlamentar  ressaltou que  é já é declarado pelo atual presidente da República que ele iria exterminar  o impulso de esquerdistas nas escolas que tivessem implantando a Escola Sem Partido.

“Foram muitos professores, servidores públicos. Tenho as gravações das manifestações. A “Escola Sem Partido” que ele vai implantar é  sem partido que interesse ao povo! A escola pública passará a ser um ambiente formador da estrema  direita. Será um ambiente de alienação, da proibição do aluno pensar. Vocês professores já estão sendo vitimas disso. Já vi professor recusando a eleição de Belivaldo pois  ele pedia voto pra Hadad. Indiretamente esse professor pedia voto pra quem? E indiretamente pedia voto a quem?”, avalia Gualberto.

O Projeto de Lei 7180/14, conhecido como Escola sem Partido, não foi  votado no final do ano passado, 2018. É que o  presidente da comissão especial que analisa a matéria na Câmara, Marcos Rogério (DEM-RO), encerrou a discussão da pauta na última  terça-feira (11),  e afirmou que não convocaria mais reuniões sobre o tema naquele mesmo ano, em 2018.

O que é a escola sem partido?

O “Escola sem Partido” é uma referência a coisas distintas. Primeiro, há o movimento “Escola sem Partido”, um grupo que diz representar pais e professores. No site oficial, o movimento diz se preocupar “com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras”, e afirma que “um exército organizado de militantes travestidos de professores prevalece-se da liberdade de cátedra e da cortina de segredo das salas de aula para impingir-lhes a sua própria visão de mundo”.

O movimento mantém uma página na internet na qual coleta “depoimentos de estudantes que tiveram ou ainda têm de aturar a militância político-partidária ou ideológica de seus professores”, e afirma que decidiu publicar esses textos porque sempre esbarrou “na dificuldade de provar os fatos e na incontornável recusa de nossos educadores e empresários do ensino em admitir a existência do problema”. O site também endossa blogs que analisam o conteúdo de alguns livros didáticos e dá suporte para pessoas interessadas em acionar a Justiça contra atitudes de professores em sala de aula.

Depois, existem os projetos de lei inspirados no movimento. A maioria destes projetos, porém, segue o modelo de um anteprojeto de lei elaborado e defendido pelo “Escola sem Partido”.

Por Stephanie Macêdo – Rede Alese

Foto: Nova Escola

 

 

 

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