Luciana Botto- Rede Alese

Pensando em acessibilidade e inclusão social, objetivando o acesso à informações para todos os cidadãos, o deputado Capitão Samuel (PSC), propôs na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), através de Projeto de Lei nº129/2019 a obrigatoriedade de intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), em todos os eventos oficiais do Estado de Sergipe.

A matéria, segue em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em consonância com a Lei Federal nº 10.436 de abril de 2002, que garante a ampliação da inclusão social da pessoa com deficiência auditiva.

Vale ressaltar que devemos entender que a deficiência é produto de dois fatores: a limitação funcional da pessoa, que varia de 0 a 10; e o número de barreiras que o ambiente possui (deficiência = limitação x Barreiras), ou seja, a dificuldade na comunicação não se limita apenas em estabelecimentos de convívio social. Por lei, devemos assegurar que as notícias cheguem de forma unânime a todos.

Por isso, fazer uso de audiodescrição, intérprete e legenda em telejornais, por exemplo, são recursos facilitadores para que as informações cheguem claras aos cegos e surdos sem precisarem recorrer a outros meios, como a internet.

Para o deputado Capitão Samuel, o intérprete de libras tem a função de ser o canal comunicativo entre os participantes com deficiência auditiva nos eventos. São eles que propiciam uma melhor compreensão do projeto apresentado.

Em Sergipe, o quantitativo de intérpretes é de 64, de acordo com o intérprete de libras da Assembleia Legislativa, Genivaldo Oliveira, que pontuou que esse número é insuficiente para atender a demanda da rede pública de ensino. “Na sala de aula para acompanhar um aluno são necessários dois intérpretes. A demanda é grande para a quantidade de profissionais e talvez o concurso público fosse necessário”.

Foto: Jadilson Simões

Capa: Divulgação- Internet