A deputada estadual Kitty Lima (Rede), participou de reunião com representantes da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) com o objetivo de conhecer o projeto e somar a causa. Na oportunidade, foi apresentada a campanha intitulada #VivaoOceano, que visa conscientizar as pessoas dos danos causados aos animais marítimos, com o propósito de ampliar a visão da sociedade sobre a realidade do cenário marinho que, tem sido vítima de uma problemática que envolve ações ilegais praticadas pela própria população, a exemplo da pesca ilegal, ocupação irregular de áreas ambientais que contribuem para o aumento da temperatura do oceano.
Durante a reunião, a deputada Kitty Lima se comprometeu com a causa, colocou seu mandato a disposição, bem como confirmou sua presença em ações da campanha #VivaOceano
“Essa equipe produz um trabalho excelente e que merece maior atenção do poder público. Estarei atenta e batalharei por todas as pautas que possam melhorar a condição dos mamíferos aquáticos”, ressaltou Kitty Lima.
Ainda no encontro, a deputada explanou sobre PL de sua autoria, em tramitação na Câmara Municipal de Aracaju, que trata da proibição da utilização de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais na capital, como forma de reduzir o impacto do material plástico no meio ambiente, e ressaltou que como legisladora, continuará cobrando sua aprovação, bem como defenderá a matéria na Assembleia Legislativa para que seja expandida por todo Sergipe.
A parlamentar explicou que o canudo de plástico representa 4% de todo o lixo plástico no mundo e, por não ser feito de um material biodegradável, pode levar até mil anos para se decompor no meio ambiente.”Esse projeto foi pensado justamente para preservarmos o ecossistema. A quantidade de plástico que é jogado nos oceanos coloca em risco inúmeros animais marinhos que não sabem diferenciar esses materiais de alimentos orgânicos, e assim acabam morrendo devido a alta ingestão de plásticos”, justificou Kitty.
Segundo a deputada, os canudos plásticos poderão ser substituídos por canudos de papel reciclável, comestível ou biodegradável, embalados individualmente em envelopes hermeticamente fechados feitos do mesmo material ou semelhante, por entender que os copos e canudos feitos de plástico comum demoram, em média, cem anos para se degradar. Já os biodegradáveis demoram de 45 a 180 dias para se decompor.”Isso é uma confirmação do quanto é importante que a lei contra o uso de plásticos descartáveis entre em vigor”, pontuou Kitty Lima
De acordo com a FMA, atualmente cerca de 8 milhões de toneladas de plásticos chegam aos oceanos custando aproximadamente 8 milhões de dólares em prejuízos ao ecossistema marinho.
Para Kitty Lima, é preciso criar uma cultura alternativa ao uso do canudo plástico, possibilitando o consumidor uma opção sustentável, além de gerar uma consciência ambiental em no estado.
Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA)
É uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que, desde 1989, trabalha para conservar o meio ambiente em todos os seus aspectos tendo como foco primordial os mamíferos aquáticos e seus habitats. Atua nacionalmente com atividades que envolvem manejo e pesquisa científica, estudando os efeitos antropogênicos nos recursos marinhos, e com parcerias e ações colaborativas que promovem mudanças socioambientais. Neste contexto, também está inserida no apoio à construção e execução de políticas públicas e marcos regulatórios.
Senado
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou (PLS 92/2018) que prevê a retirada gradual do plástico da composição de pratos, copos, bandejas e talheres descartáveis. Pelo texto, no prazo de dez anos, o plástico deverá ser substituído por materiais biodegradáveis em itens destinados ao acondicionamento de alimentos prontos para o consumo.
O projeto de lei define como materiais biodegradáveis todos aqueles que não são derivados de polímeros sintéticos fabricados à base de petróleo. Ou seja, que são elaborados “a partir de matérias orgânicas, como fibras naturais celulósicas, amido de mandioca, bagaço de cana, óleo de mamona, cana-de-açúcar, beterraba, ácido lático, milho, proteína de soja e outras fibras e materiais orgânicos.”
Segundo o texto aprovado, o plástico deverá ser substituído em 20% dos utensílios no prazo de dois anos após a eventual vigência da lei. Esta exigência subirá para 50% após 4 anos; para 60%, após 6 anos; e para 80%, após 8 anos. O plástico deverá ser totalmente banido após dez anos.
Por Luciana Botto- Rede Alese com informações da Ascom
Foto: Rede Social da Parlamentar
No registro, diretora presidente Jociery Parente, o diretor de desenvolvimento institucional, Ricardo Araújo e o coordenador técnico, Bruno Almeida.